Top 5: álbuns que marcaram 1987 – Parte 2

1987 foi um ano com fatos marcantes para o Brasil e para o mundo: o tricampeão mundial de Formula 1 Ayrton Senna venceu pela primeira vez o GP de Mônaco, tornando-se o primeiro vencedor brasileiro daquela corrida, seu rival Nelson Piquet, por sua vez, sagrou-se tricampeão mundial no mesmo ano; o Porto foi campeão mundial interclubes; a seleção neozelandesa de Rugby venceu a primeira Copa do Mundo desse esporte; foi lançado o Windows 2.x, o segundo da série de famosos sistemas operacionais da Microsoft.

Outras coisas que também aconteceram em 1987? Sente o peso de alguns dos discos que ficaram de fora do Top 5: King Diamond lançou a obra-prima Abigal, o Pink Floyd, agora sem Roger Waters, lançou ao mundo A Momentary Lapse of Reason, o U2 ganhou o mundo com The Joshua Tree, o rock alternativo e o pós-punk continuavam fortes com Kiss Me Kiss Me Kiss Me do The Cure, Kick do Inxs, Diesel and Dust do Midnight Oil, The Uplift Mofo Party Plant dos Red Hot Chili Peppers, entre outros; os já então dinossauros do rock também lançaram bons discos como o Rush com Hold Your Fire, Aerosmith com Permanent Vacation, Kiss com Crazy Nights (há controvérsias, mas eu gosto), Never Let Me Down do David Bowie e Tunnel of Love do Bruce Springsteen.

No heavy/thrash metal e hard rock também tivemos um excelento ano: Testament com The Legacy, Def Leppard com Hysteria, Savatage com Hall of the Mountain King, Girls Girls Girls do Motley Crue, Electric do The Cult, entre muitos outros. O grindcore deu as caras com Scum, clássico do Napalm Death, e o virtuoso Joe Satriani lançou um de seus melhores trabalhos: Surfing With the Alien.

Há ainda os discos que entraram na primeira parte do Top 5 no ano passado, que você pode ler clicando aqui.

Só de olhar a lista acima já devem imaginar como foi difícil escolher cinco FORA desses para compor a lista. Como sempre tento diversificar a postagem dentro do universo rock n’ roll, segue a lista com representantes do metal extremo, do heavy metal, do hard rock, do rock alternativo e do rock progressivo:

SCREAM BLOODY GORE – DEATH

Há uma polêmica “sadia” há vários e vários anos sobre onde teria sido exatamente o nascimento do Death Metal: no “Seven Churches” do Possessed, lançado em 1985, ou em “Scream Bloody Gore”, do Death, lançado em 1987? Longe de mim querer tirar mérito de alguém, mas para este que vos escreve o Death Metal nasceu como forma neste debut do Death. A importância desse disco capitaneado pelo eterno Chuck Schuldiner é grandíssima para todo o universo que hoje chamamos de metal extremo e aqui podemos ouvir de forma clara a partir do que todo o gênero Death Metal se desenvolveu durante os anos 90. Em Scream Bloody Gore você pode ouvir clássicos como Zombie Ritual, Denial of Life, Evil Dead e Sacrificial.

KEEPER OF THE SEVEN KEYS I – HELLOWEEN

Com a entrada de Michael Kiske na banda, o Helloween agora tinha a sua formação mais clássica com grandes compositores e um vocalista com um alcance enorme e assim sua música se tornou ainda mais melódica, mas sem perder a força do que chamamos hoje de “Power Metal”. A primeira parte da trilogia Keepers é comumente colocada entre os melhores discos da banda e foi composta majoritariamente pelo guitarrista Kai Hansen em clássicos como I’m Alive, Twilight of the Gods, Future World e o épico Halloween.

APPETITE FOR DESTRUCTION – GUNS N’ ROSES

O álbum de estreia do Guns n’ Roses não é só um dos melhores discos de 1987, mas também um melhores debuts de todos os tempos, por isso não poderia ficar de fora dessa lista. A atitude somada à agressividade juvenil que a banda impõe em seu disco de estreia o fazem ser um daqueles discos perfeitos de cabo a rabo. Appetite abre com Welcome to the Jungle e fecha com Rocket Queen, e no meio disso ainda tem Nightrain, My Michelle, It’s So Easy, Mr. Brownstone, Paradise City e, claro, o mega hit Sweet Child o’ Mine, tudo isso com Axl Rose se esgoelando à vontade, Slash com solos marcantes, Izzy Stradlin com uma das guitarras base mais legais de ouvir, e a cozinha com Duff McKagan e Steven Adler segura lá atrás.

DOCUMENT – R.E.M.

Document foi o álbum responsável por enviar o R.E.M. ao mainstream. A banda, que já tinha feito seu nome como um ícone do rock alternativo, com Document emplacou hits como The One I Love e It’s The End of the World (As We Know It) que fizeram a banda ser contratada pela major Warner Bros. Outros grandes destaques desse clássico do rock alternativo são Disturbance at the Heron House, Finest Worksong (que abriu o set list do icônico show da banda no Rock in Rio 3, em 2001), Exhuming McCarthy e Welcome to the Occupation.

CLUTCHING AT STRAWS – MARILLION

O quarto disco do Marillion foi também o último com o vocalista Fish. Clutching At Straws manteve a sonoridade à-la-Genesis que a banda sempre teve na sua primeira fase com o vocalista, mas sem deixar de ter suas próprias características. Grandes líderes do movimento neoprog oitentista, a banda soltou nesse álbum mais um punhado de clássicos do gênero: Warm Wet Circles, That Time of the Night, Incommunicado, Slainte Mhath, Hotel Hobbies e um dos maiores hinos da banda: Sugar Mice.

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