Hoje, dia 12/3, Stephen Percy (o chefão Steve Harris) faz aniversário. Considerado um dos baixistas mais influentes dentro do Metal, e líder de uma das maiores e mais importantes bandas do mundo (nem precisa dizer que é o Iron Maiden), Steve Harris chega aos 63 anos em plena forma!
Nascido em 1956, em Leytonstone na Inglaterra, já foi um aspirante a jogador de futebol. Já passou por alguns times do futebol amador quando era adolescente até que foi convidado para treinar no West Ham United (time do coração de Harris). O amor pela música e pelo Rock falou mais forte, e ele percebeu que não era pra ele ser jogador profissional, porém ainda joga futebol e fundou seu próprio time, o “Maidonians” e mantém contato com o West Ham, no qual ele ostenta o escudo do time em seu precision bass.
A primeira banda de Harris foi o Gypsy’s Kiss (inicialmente chamada de Influence), fundada em 1972 e composta também por Dave Smith (guitarra), Bob Verscoyle (vocal) e Paul Sears (bateria). A banda teve uma carreira curtíssima, se separando após alguns shows em pubs (na Cart and Horses Pub em Maryland Point, Stratford e o Bridgehouse em Canning Town). Uma das primeiras músicas do Iron Maiden foi escrita enquanto Harris estava no Gypsy’s Kiss, como o riff da “Innocent Exile”, na qual teve sua primeira versão na sua segunda banda, a Smiler.
Smiler era composta por Harris (baixo), Dennis Wilcock (vocal), Doug Sampson (bateria), Tony Clee (guitarra) e Mick (guitarra). A passagem de Harris no Smiler foi bem curta, apesar de ter sido uma “experiência interessante”, segundo Harris. Ele teve sua primeira composição na banda recusada, a “Burning Ambition“, pois segundo a banda ela mudava muito de andamento.
Foi então que em 1975, Steve Harris fundou o Iron Maiden (nome retirado de um instrumento de tortura medieval, que aparece no filme ‘O Homem da Máscara de Ferro’, de 1939). A primeira formação da banda contava com Harris no baixo, Paul Day (vocal), Dave Sullivan e Terry Rance (guitarras) e Ron Matthews (bateria). O primeiro show da banda aconteceu em 1976, em St Nicks Hall, em Poplar (Londres).
Após mais algumas mudanças, a banda chega na sua primeira formação clássica com Dave Murray e Dennis Stratton nas guitarras, Clive Burr na bateria e Paul Dianno no vocal, lançando 2 álbuns e 1 demo (The Soundhouse Tapes). Apesar da sonoridade mais crua da era Paul Di’Anno, Harris bateu o pé para não mudar o som da banda para se tornar “punk“, que era o que estava em alta na época.
Em 1983 temos então a formação tida como clássica, com a entrada de Adrian Smith (1980), Bruce Dickinson (1981) e Nicko McBrain (1982). Hoje a banda conta também com o guitarrista Janick Gers, que substitui o Adrian na década de 90. A banda se tornou uma das mais importantes do movimento NWOBHM (New Have of British Heavy Metal), já tem 15 álbuns lançados, diversas turnês e o resto que a gente já sabe!
Em 2012 Steve Harris lança seu primeiro disco solo, o British Lion, demonstra a vontade dessa banda se tornar uma banda séria:
“Quero deixar algo bem claro – isto não é apenas um disco solo de Steve Harris… É muito mais que isso. Eventualmente gostaria que se transformasse numa banda a sério e quero pensar que não vamos ficar por aqui. Adoraria tocar estas músicas ao vivo. Para mim seria um enorme prazer; há muito, muito tempo que não toco em clubes menores e, de vez em quando, tenho saudades. Às vezes sinto falta da atmosfera que se gera se estivermos na cara das pessoas… Com o Iron Maiden, isso é algo que não podemos fazer há muitos anos“.
O disco contém 10 faixas e teve boa recepção da crítica, fazendo shows inclusive no Wacken em 2017 e aqui no Brasil em 2018.
Alguns filhos do patrão Harris estão todos envolvidos com música, sendo que sua filha mais velha, Lauren Harris, é cantora, que inclusive acompanhou com sua banda, Lauren Harris Band, o Iron Maiden entre 2006 e 2008 (em 2009 também abriu para a banda na segunda perna da tour do Somewhere Back in time). Além disso, George Harris, filho mais velho, é guitarrista da banda The Raven Age, e sua segunda filha Kerry trabalha como assistente de produção com o Iron Maiden.
Se divorciou depois de 16 anos de casado com Lorraine, e em 1993 disse que esse era “provavelmente o período mais difícil de sua vida”, algo que podemos constatar no álbum “The X Factor” de 1995 (com Blaze Bayley nos vocais). Harris teve 4 filhos com Lorraine e mais 2 com a atual cônjuge.
Para finalizar, o estilo de tocar baixo de Harris virou um marco dentro do Heavy Metal. Sua técnica de “galopada” (tocar 3 vezes a mesma nota) virou marca registrada dele e influenciou diversos baixistas. Além de o baixo no Iron Maiden ser bem destacado na mixagem (e ao vivo lógico), você pode ouvir solos e introduções de baixo em diversas músicas, como em RunningFree, Wrathchild, The Clairvoyant, Phantom of the Opera, Powerslave e The Red and the Black entre outras.
Harris também é um dos backing vocals do Iron Maiden junto com o Adrian Smith e é o principal compositor da banda, sendo que assina todas as músicas nos álbuns Killers, Brave New World, A Matter of Life and Deathe The Final Frontier, além de ser co-produtor e participar das mixagens.
Além de tudo em plenos 60 e poucos tem um pique invejável no palco, correndo, pulando e fazendo a famosa “metralhadora” com seu velho amigo Fender Precision Bass….
Longa Vida ao mestre Harris e ao Iron Maiden!
