O nome Suécia, além de lembrar às pessoas de que se trata de um dos países mais desenvolvidos da Europa, também as remetem à lembrança dos vikings que se estabeleceram naquela região, formando a Escandinávia que se ergueu como herança desses povos bárbaros.

Para o mundo da música a Suécia vai mais além, de Abba à Europe o país já revelou alguns dos maiores nomes do cenário mainstream. Para o heavy metal a coisa não é diferente, falou em Suécia falou em qualidade musical, e essa qualidade não se atribui a apenas um estilo, mas em praticamente todos os estilos do metal.

Quando o Sabaton lançou “Coat of Arms” em 2010, o sexteto que, na época era formado por Joakim Brodén (vocais), Rickard Sundén e Oskar Montelius (guitarras), Pär Sundström (baixo), Daniel Mÿhr (teclados) e Daniel Mullback (bateria) já recebia bastante prestígio da população headbanger.

Com um álbum dissertativo sobre eventos da Segunda Guerra Mundial, eles se mantiveram em destaque pelo mundo, com dez mil cópias vendidas na Polônia chegando à certificação de Disco de Ouro –, isso rendeu por lá um ótimo nono lugar nos charts poloneses. Outras oito nações tiveram “Coat of Arms” figurado em seus ranques musicais, mas nada comparado à própria Suécia onde o CD disparou em segundo lugar nas paradas.

A faixa título que abre o disco, fala sobre a Guerra Greco-Italiana (28 de outubro de 1940 a 6 de abril de 1941) –, passando para o lado melódico, a música possui arranjos formidáveis e solos confortavelmente suaves, sem falar no refrão poderoso que é a marca da banda. A canção que fala da Batalha de Midway é do tipo que encoraja o fã a bater cabeça, mas em “Midway” também há momentos melódicos.

Uma das coisas legais em “Uprising”, que fala sobre a Revolta de Varsóvia, é a pronúncia forte do sotaque de Joakim, que se assemelha ao de um alemão falando em inglês, naquele típico tom autoritário. A música muito cadenciada reforça o peso do álbum, mas execuções rápidas como “Screaming Eagles” e vibrantes como “Saboteurs” completam as predileções do público.

Para encerrar o álbum de dez músicas, estes guerreiros do power “war” metal fizeram ótima sacada com “Metal Ripper”, uma canção que foge do tema bélico para entrar numa homenagem ao heavy metal, fazendo menções a representantes ilustres como AC/DC, Mötley Crüe, Iron Maiden, Metallica, Manowar, Twisted Sister, Ozzy Osbourne, Judas Priest, Black Sabbath, Rainbow, Hammerfall, Yngwie Malmsteen, Accept, Deep Purple, Queensrÿche, Dimmu Borgir e Queen. Escute esta música e sinta o sangue ferver nas veias.

Produzido pela dupla de irmãos Tommy e Peter Tägtgren (Hypocrisy e Pain), “Coat of Arms” foi gravado no Abyss Studios, na Suécia, entre dezembro de 2009 e fevereiro de 2010, com lançamento em maio pela Nuclear Blast. Na edição em digipack, pode-se conferir as músicas “Coat of Arms” e “Metal Ripper” em versões instrumentais, assim como “White Death” pelo iTunes. Altamente recomendado.

Track list:

01. Coat of Arms

02. Midway

03. Uprising

04. Screaming Eagles

05. The Final Solution

06. Aces in Exile

07. Saboteurs

08. Wehrmacht

09. The White Death

10. Metal Ripper

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