No que se refere a Thrash Metal, o Exodus é uma das melhores, senão a melhor banda do gênero. Desde seus primórdios, ainda com Kirk Hammet, a banda sempre mostrou originalidade e uma pegada diferente, com muita energia e disposição. Quem duvida, procure pelas demos da banda na internet e concordarão.

Na época, após longos doze anos, desde o último lançamento de inéditas, o “estranho”, “Force of Habit” (1992), a banda voltou a ativa com “Tempo Of The Damned” em 2004. Antes disso a banda ainda sentiu muito a perda do seu vocalista original Paul Baloff, que morreu em 02 de fevereiro de 2002 após problemas de diabetes e cardíacos.

O novo álbum chegou como uma pedrada para os ouvintes, a banda soava renovada, com o espírito que havia no início, quando todos eram jovens com seus 20 anos.

As composições são da mais alta qualidade, aquele peso somado a velocidade estavam incríveis, Steve “Zetro” Souza teve uma performance impecável, uma literal agressão aos ouvidos, no bom sentido, claro. A evidencia disso pode ser conferida na faixa “Forward March”, mas não se prende apenas a ela, todas as fixas estão neste nível.

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Os riffs estão matadores, Gary Holt, até aquele momento, tinha a sua melhor performance na carreira, tudo se encaixou perfeitamente, solos, passagens rápidas e mid-tempo soam muitos inspiradas.

Dificilmente haverá uma faixa de mais destaque, pois todas são muito bem executadas, algumas beiram a perfeição, com potencial para se tornarem grandes hinos do Thrash Metal, como a faixa-título, “War Is My Sheppard”, “Blacklist” e “Culling The Hand”, mas aí vai variar de fã para fã.

“Impaler”, curiosamente é uma das composições deixadas por Paul Baloff, homenagem mais do que justa para o vocalista.

https://youtu.be/H3FVf371uUA?list=PLxUBNbcnZpzdBlUB6FRBZt06mK9NhpnK7

Além disso, há uma versão de “Dirty Deeds Done Dirty Cheap”, cover do AC/DC que já havia aparecido em uma versão ao vivo no álbum “Good Friendly Violent Fun”. Aqui a voz de Zetro se aproxima demais do timbre de Bon Scott, mesmo sem intenção.

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Tudo no álbum soa perfeito, a produção, que ficou por conta de Andy Sneap, está mais que perfeita, mesmo em momentos em que o solo ganha destaque, você ouve claramente a guitarra base, a bateria e o baixo, que está super presente aqui, e isso é algo que deve-se admirar muito, visto que em muito álbuns não ficam claros os instrumentos de fundo, quando um outro está em evidencia.

Em uma época onde consideravam o Metal como quase morto, o Exodus chegou com os dois pés no peito dos críticos, literalmente arrebentando e, melhor ainda, subindo mais um degrau para se tornar a banda que melhor representa o Thrash Metal no mundo.

Formação:
Steve Souza (vocal);
Rick Hunolt (guitarra);
Gary Holt (guitarra);
Jack Gibson (baixo);
Tom Hunting (bateria).

Faixas:
01 – Scar Spangled Banner
02 – War Is My Shepherd
03 – Blacklist
04 – Shroud Of Urine
05 – Forward March
06 – Culling The Hand
07 – Sealed With A Fist
08 – Throwing Down
09 – Impaler
10 – Tempo Of The Damned
11 – Dirty Deeds Done Dirty Cheap (Bonus track)

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