Fãs do Macumbazilla já podem comemorar. A banda entrou em estúdio no dia 01 de março para gravar o novo material. O primeiro EP foi em 2015, com as músicas “Blood, Beer and Broken Teeth”, “King Without a Crown” e “The Ritual”.
Humor, tensão, mistério e trabalho, bastante trabalho, são palavras que definem o Macumbazilla em estúdio. O humor fica por conta da interação dos integrantes que tem pensamento rápido, mente criativa e língua afiada para não deixar passar uma, seja durante os intervalos ou mesmo na conversa no estúdio. Tensão, gerada naturalmente pelo processo de gravar um novo material, diante da trajetória que a banda teve até aqui. Mistério por que, ao ser questionado sobre o material, em algumas perguntas André Nisgoski responde com a sua risada característica, Carlos “Piu” Schner dá uma risada discreta e olha para os lados, e Julio Goss cruza os braços enquanto levanta as sobrancelhas.
Trabalho porque Macumbazilla não brinca em serviço e compilou uma série de músicas que são capazes de estimar, ao menos em parte, o talento dos integrantes. “Sempre onde tiver Macumbazilla, vai ter agressividade, é um dos ingredientes mais presentes do nosso som. Não fazemos parte da casta das bandas altamente técnicas, sempre tivemos uma natureza de composição mais visceral. Porém, alguns elementos novos serão incorporados. Esse material contém um número considerável de músicas, podemos mostrar mais vertentes do nosso estilo.”, disse Nisgoski.
Geralmente, um material novo é reflexo não só do processo histórico que a banda passou para chegar ali, como reflete também o momento atual. E esse foi justamente o caso do Macumbazilla, como contou André: “Muito tempo atrás, tínhamos gravado parte desse material, que era para ter sido parte do nosso primeiro full lenght. Coisas aconteceram e esse trabalho magicamente nunca foi terminado. Honestamente, hoje em dia, acho que foi para melhor, claro que na época não achei.”.
Mesmo diante das adversidades, Macumbazilla seguiu em frente, a lá réptil gigante que dá, em parte, nome à banda. “As coisas se alinharam de uma maneira que conseguimos revisitar as antigas músicas, e criar novas, e agora trabalhando com o Tiago Brandão, do Vox Dei, conseguiremos finalmente dar vida a esse monstro.”comentou o vocalista.
Mas o que seria esse monstro? Novamente, mistério nas respostas. “Não sabemos o formato do material e como serão disponibilizadas as músicas. Primeiro vamos gravar, e deixar elas mostrarem a ‘personalidade’ delas, para escolhermos a melhor maneira de conduzir os lançamentos dos materiais.”, respondeu André.
O jeito é aguardar ansiosamente o material novo, com a promessa de ser um dos grandes lançamentos de 2019.