Iron Maiden: Há 22 anos “The X Factor” era lançado

Hoje, 02 de outubro, completam-se 22 anos em que o Iron Maiden lançou o álbum “The X Factor”, um de seus dois trabalhos que contaram com os vocais de Blaze Bayley (ex-Wolfsbane). O nome do disco pode ser atribuído de duas formas: a primeira é a de que o álbum era o décimo de estúdio da Donzela, por isso que o “X” pode ser interpretado como o número 10 (em algarismo romano), ou, “O Fator X”, que é devido a entrada e ser dedicado ao novo vocalista. Até aquele momento, “The X Factor” tinha sido o segundo trabalho de estúdio dos ingleses que não era faixa-título (o outro é “Piece Of Mind”), assim, como também foi a primeira obra que o título não fez parte da letra de nenhuma de suas dez faixas.

A capa do álbum foi criada pelo artista Hugh Syme e retrata a operação que quebrou a cabeça da mascote Eddie (vista pela primeira vez na capa de “Piece Of Mind”). O guitarrista Dave Murray sugeriu em trazer a mascote Eddie como uma figura mais próxima da “realidade” (ele sempre foi retratado como um desenho).

O novo disco foi co-produzido por Steve Harris e Nigel Green e foi gravado entre meados de 1994 e agosto de 1995 nos estúdios Barnyard, em Essex (Inglaterra).

Das faixas que compõem “The X Factor”, destaques vão para “Man On The Edge”, baseada no filme “Falling Down”, de 1993; “Lord Of Flies”, inspirada em um romance homônimo, ambas foram lançadas como singles; já “The Edge Of Darkness” é baseada no romance de Joseph Conrad Heart Of Darkness (que também deu origem ao filme de 1979, o “Apocalipse Now”); e, “Sign Of The Cross”, cujo enredo é inspirado em um homem que foi vítima da Inquisição Espanhola, é a segunda faixa mais longa que já foi gravada pelo Maiden, com os seus pouco mais de onze minutos (só perde para “Rime Of The Ancient Mariner”, que ultrapassa a marca dos 13 minutos gravada em “Powerslave”) e que continuou no setlist da banda após o retorno de Bruce Dickinson, como pode ser comprovado nas versões ao vivo da canção encontradas no single “The Wicker Man” e nos álbuns “Rock In Rio” e “Death On The Road”.

Com Blaze no lugar de Bruce, o Maiden mudou o estilo musical implantado nos trabalhos anteriores, causando uma série de críticas por parte dos fãs mais fervorosos. Algumas faixas abordam temas deprimentes, que podem ser ouvidas com as suas introduções lentas, além de suas letras, como, por exemplo, os casos de “The Aftermath” e “2 A.M”. Outra coisa que marca “The X Factor” é que algumas composições que a banda produziu acabaram por não entrando no álbum, casos de “Justice Of The Peace” e “Judgement Day”, que foram lançadas na coletânea “Best Of The B’Sides” e na caixa “Eddie’s Archive”, além de “I Live My Way”.

A turnê de divulgação do novo trabalho, intitulada “The X Tour”, começou poucos dias antes do lançamento oficial de álbum, no dia 28 de setembro e terminou em 18 de abril de 1996, após 101 concertos. Foi durante esta tour que a banda tocou em lugares que nunca havia se apresentado antes, como Jerusalém (em Israel) e Johannesburgo (na África do Sul).

Mas o grupo enfrentou alguns incidentes nesta turnê. Como aconteceu em uma apresentação que a “Donzela” fazia no Chile. Durante a execução de “The Trooper”, um expectador cuspiu nos integrantes da banda. Bayley e Harris, após terminar a execução da música, discutiram calorosamente com a plateia condenando tal atitude.

O novo vocalista causou em suas primeiras apresentações uma certa antipatia para com os fãs do Iron Maiden. Isto porque enquanto o seu antecessor (e atual sucessor) Bruce Dickinson saltava, corria e fazia poses, Bayley, geralmente, ficava parado em algum lugar do palco, agitava a plateia com os constantes movimentos de seus braços, e durante os solos andava sobre o palco, isto pode ser explicado pelo acidente de motocicleta que sofreu em fevereiro de 1994, que culminou com uma fratura grave em seu joelho e a mobilidade reduzida.

Apesar das críticas, o álbum atingiu a oitava posição nos charts.

A seguir a ficha técnica e o tracklist de “The X Factor”:

Álbum: The X Factor
Intérprete: Iron Maiden
Lançamento: 2 de outubro de 1995
Gravadora: EMI
Produtores: Steve Harris e Nigel Green

Blaze Bayley: voz
Dave Murray: guitarra
Janick Gers: guitarra
Nicko McBrain: bateria
Steve Harris: baixo

1. Sign Of The Cross (Harris)
2. Lord Of The Flies (Gers / Harris)
3. Man On The Edge (Bayley / Gers)
4. Fortunes Of War (Harris)
5. Look For The Truth (Bayley / Gers / Harris)
6. The Aftermath (Bayley / Gers / Harris)
7. Judgement Of Heaven (Harris)
8. Blood On The World’s Hands (Harris)
9. The Edge Of Darkness (Bayley / Gers / Harris)
10. 2 A.M (Bayley / Gers / Harris)
11. The Unbeliever (Gers / Harris)

Fonte: Blaze Bayley Brasil

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