Grunge Entrevista é um quadro criado por mim, Helton Grunge, para entrevistar bandas e artistas do Rock e do Metal. Tudo feito de uma forma direta e descontraída, tentando abrir espaço para que o artista fale sobre seu trabalho. Hoje no Grunge Entrevista você confere um papo com O Velho Manco.
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1- As letras de vocês são muito fortes e vorazes. Quais as bandas e artistas que vocês as maiores inspirações do trabalho?
Embora por vezes soem muito diferente dos nossos sons, nossas maiores referências são, em suma, bandas alternativas e experimentais das décadas passadas – Radiohead, REM, QOTSA, Nirvana – tudo com uma dosada quantidade de sarcasmo e acidez bastante comum em bandas e artistas brasileiros consagrados, como Chico Buarque e Science, Secos e Molhados e Mutantes.
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2- A qualidade técnica da banda é imensa. Juntamente com as letras intensas, vocês já foram comparados com o Radiohead? Quais as principais influências de vocês?
Se tivéssemos sido comparados com Radiohead em algum momento de nossas vidas acho que poderíamos todos sofrer uma morte repentina no dia seguinte, porque nossa missão na Terra teria se concretizado. Brincadeiras à parte, Radiohead é sim nossa maior fonte de inspiração, embora não ache que soemos como eles. Talvez aqui e ali, com melodias truncadas cheia de voltas, métricas malucas, ou em riffs construídos com uma certa matemática envolvida. É uma piscada para os fãs deles, com certeza. Mas a ideia é carregar sob os braços esse catálogo vasto de bandas maravilhosas como essa e seguir procurando nossa própria identidade. (Obrigado pelos elogios, esse tipo de comentário faz nosso dia.)
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3- O último lançamento de vocês foi em 2023 com o álbum “Egorama”. Quais são os próximos passos da banda?
Estamos com material para um disco novo e que, como sempre, será temático. Devemos começar a trabalhar na gravação e produção em Abril e lançar no início da segunda metade de 2024. Sabe, nós somos muito influenciados pela Sétima Arte também, então esse tipo de arco, temas, construir um disco com começo, meio e fim é algo que nos excita demais. E acredito que o tema do disco novo se encaixe perfeitamente como espinha dorsal das mazelas da nova sociedade. Quando o álbum chegar, vocês vão entender. E vai ser nosso melhor trabalho, sem sombra de dúvidas!
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4- O som de vocês é uma grande mistura, tem uma pegada dançante, ao mesmo tempo alternativa, Indie. Como vocês definem o som da banda?
Tem gente que diz que nunca ouviu algo parecido, o que é um grande primeiro elogio. O segundo elogio que esperamos é que o som te toque de alguma forma. Que você se interesse em ouvi-lo. Acho difícil rotular nosso som, ele é o tipo que primeiramente nós queremos ouvir e que ninguém toca. Então acho que no mínimo pode ser chamado de alternativo ou experimental, com elementos pop para não cair na armadilha do erudito demais. Radiohead e REM são assim, hehehe.
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5- Vocês irão se apresentar no dia 23/03 na Casa de Cultura Chico Science, localizado no Ipiranga, de maneira gratuita. Quais as expectativas para essa apresentação?
Que façamos o melhor show de nossas vidas. O próximo show será sempre o melhor. E que as pessoas apareçam lá pra curtir o momento com a gente… e tenham assim o poder de desmentir tudo o que eu disse nessa entrevista.
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