Em entrevista à rádio BBC, a jornalista inglesa Lesley-Ann Jones, autora da biografia “Hero: David Bowie”, revelou detalhes sobre os últimos dias do cantor, e sobre sua última decisão antes de morrer.
De acordo com ela, após sua longa batalha contra o câncer, Bowie teria optado por um suicídio médico assistido. Ou seja, ele próprio pediu ao médico a prescrição para uma dose letal de medicamento.
Lesley-Ann revelou que conversou com diversas pessoas envolvidas no momento e, com base em vários depoimentos, tudo indica que foi essa a escolha final do músico. “Quem o auxiliou nessa missão e como isso foi feito jamais será revelado. Tenho certeza que ele não envolveu familiares e amigos para que eles ficassem protegidos”, contou.
A família de Bowie ainda não se pronunciou sobre a declaração.
Diferente da eutanásia, nesse caso é obrigatório que o paciente, com diagnóstico de uma doença terminal e com expectativa de no máximo seis meses de vida, esteja em plena consciência e com suas capacidades mentais funcionando normalmente para poder fazer o pedido de forma voluntária.
O suicídio médico assistido é legal em países como a Holanda, Canadá, Bélgica, Colômbia, Suíça e alguns estados dos Estados Unidos.
O Camaleão do Rock nos deixou aos 69 anos de idade, em 2016. A notícia de sua morte veio apenas dois dias depois do lançamento de seu último disco de inéditas, “Blackstar”, que desde então tem gerado um rumor sobre o quanto Bowie sabia de sua própria morte.
As letras do disco e seus clipes, especialmente “Lazarus”, deram indícios de que o lendário músico teria arquitetado todos os seus últimos passos na carreira, com o álbum sendo sua carta de despedida.
Fonte: Rolling Stone