Os vocalistas são, na grande maioria dos exemplos, o primeiro vínculo que os fãs estabelecem com uma banda. Eles são os porta-vozes da proposta temática e criam os elos emocionais que unem a plateia com aqueles que estão em cima do palco. Nessa lista, escolhemos os trinta nomes mais representativos dentro do Rock e do Metal.

30º. Jorn Lande – 113,5 pontos
Um cantor que carrega influências de David Coverdale, Glenn Hughes e Ronnie James Dio, somando a vantagem de soar com toda sua própria personalidade pairando por cima das referências. Jorn Lande é um músico impecável, com grande talento e um fôlego invejável, como podemos aferir pela sua longa discografia, que vai para além da banda Jorn e somatiza Ark, Masterplan, Allen-Lande e muito mais…

29º. Sammy Hagar – 122,5 pontos
Sammy Hagar já era um artista renomado quando entrou para o Van Halen. Vindo do Montrose e de uma carreira solo, o cantor e guitarrista substituiu David Lee Roth e não teve maiores problemas para estabelecer a sua assinatura na banda. Talentoso e carismático, Sammy possui aquele tipo de personalidade agregadora, de bon vivant, que faz amigos com facilidade, e prossegue dividindo seu tempo entre álbuns solos, o Chickenfoot e as atividades como empresário.

28ª. Doro Pesch – 122,5 pontos
A “Metal Queen” tinha dezenove anos quando lançou o primeiro álbum com sua banda Warlock. O grupo alemão fez bastante sucesso, amparado principalmente pela presença e pela voz de Doro, numa época em que ainda não havia tantas mulheres à frente de bandas de Metal como se vê atualmente. Doro, portanto, ganhou o status de ser uma das precursoras dessa tendência e é vista como exemplo para as novas gerações. O Warlock lançou quatro álbuns, mas, depois de uma miríade de problemas legais e de dinâmica interna, aquele que deveria ser o quinto álbum acabou sendo lançado apenas sob o nome Doro. Desde então, a cantora prossegue em carreira solo.

27º. Paul Stanley – 123 pontos
Embora os demais integrantes do Kiss – Gene Simmons, principalmente – também cantem em faixas dos discos, Paul é o titular na maioria das canções. A voz alta e firme, perfeita para o Hard Rock, credenciou Paul para a série de shows que passou a realizar com a banda Soul Station, tocando standards da Soul Music, e, a presença carismática e magnética no palco, credenciou-o para atuar como ator na Broadway, nas montagens de “O Fantasma da Ópera”.

26º. Bon Scott – 126,5 pontos
Deveria ser apenas uma noitada como qualquer outra, curtindo e bebendo com um amigo, mas o destino optou pela via mais trágica e levou Bon Scott no auge da carreira, mas com muita estrada ainda para percorrer. A voz debochada e as letras bem sacadas casaram perfeitamente com aquela banda australiana, na qual ele era o mais velho em idade, mas era também o espírito e figura tão simbólica quanto Angus Young.

25º. Chester Bennington – 130 pontos
A geração de fãs dos anos 2000 abraçou o Linkin Park e elevou seu vocalista à posição de ídolo. Seu discurso lírico falava de perto aos seus fãs com mais emoção e sinceridade que a maioria das bandas de seu estilo, advindo daí o sentimento inconsolável que sua morte permanece gerando.

24º. Sebastian Bach – 132,5 pontos
Muitos pecaram por julgar o Skid Row pela aparência, taxando-os pejorativamente como Hair Metal ou definições do tipo. Na verdade, o quinteto era uma ótima banda de Hard/Heavy, e seu vocalista, um excelente cantor, que sabia utilizar o máximo de sua voz e cravou discos fundamentais, como o clássico “Slave To The Grind”.

23º. Warrel Dane – 132,5 pontos
Na metamorfose do Sanctuary para o Nvermore, entre o final dos 80 e o começo dos 90, o ponto de conexão mais premente foi a qualidade da performance de Warrel Dane. O Nevermore estabeleceu um dos catálogos mais coesos do Metal americano noventista e o sujeito na linha de frente narrava suas elaboradas letras com uma sobriedade ímpar. Infelizmente, o mesmo coração, que ele tanto impunha em suas interpretações, não resistiu e deixou-nos órfãos de seu talento.

22º. Corey Taylor – 133 pontos
Para além da atuação teatral e insana no palco, está um vocalista com bastante recursos. Corey já exibia talento em sua outra banda, o Stone Sour, e no Slipknot ele pode extrapolar ainda mais as possibilidades da variação de timbres, necessárias para uma banda que mistura Industrial, Tradicional, Death e Groove Metal.

21º. Eddie Vedder – 135,5 pontos
Dentro do cenário que estourou em Seattle, nos anos noventa, o Pearl Jam foi rapidamente catapultado com seu primeiro disco. Naquele momento, foi revelado um cantor que transpirava emoção em suas interpretações. Mesmo tendo se integrado a um grupo de músicos que já vinham trabalhando conjuntamente, no extinto Mother Love Bone, a personalidade de Eddie, seus posicionamentos e seu talento como compositor o estabeleceram como peça primordial da banda.

20º. Serj Tankian – 136,5 pontos
As soluções interpretativas de Tankian são tão imprevisíveis quanto o é o caos criativo do System Of A Down. A banda tem vivido um impasse desde que suspendeu suas atividades, mas Serj mantém sua carreira, indo para mais além do que seu antigo grupo fazia e lançando álbuns que exploram desde o clássico até o jazz.

19º. Layne Staley – 137 pontos
Essa lista contém vários cantores que deixaram sua marca profundamente no cenário musical e partiram cedo demais, quando ainda poderiam oferecer tanto. O Alice In Chains possuía uma vibração diferente das demais bandas de sua geração e local. Seu som era denso e exalava angústia existencial. Reflexo, em parte, da personalidade de seu vocalista, Layne Staley, que traduziu, como poucos, as expressões de solidão e desespero, através de sua voz que pedia socorro, interpretativamente ou não.

18º. King Diamond – 142,5 pontos
Não havia nada que se comparasse ao Mercyful Fate quando a banda surgiu. Além da musicalidade elaborada, o grupo dinamarquês causou impacto através de seu vocalista, King Diamond, que usava recursos bem pouco usuais, passeando entre diversas nuances vocais com impressionante habilidade. Com o fim do Mercyful Fate, em sua primeira encarnação, King não teve dificuldades para estabelecer uma carreira solo e mantém seu prestígio até hoje, criando histórias de horror em forma de álbuns.

17º. Klaus Meine – 151,5 pontos
O Scorpions colocou a Alemanha no mapa do Rock pesado. Klaus Meine é aquele cantor que, quando começa a cantar, você descobre que banda está tocando. Klaus é único e nem sequer a cirurgia que teve que enfrentar nas cordas vocais, em um momento crucial da carreira, conseguiu obstruir o rumo para o qual ele estava destinado.

16º. Ian Gillan – 153,5 pontos
A mudança na formação do Deep Purple, que trouxe Ian Gillan e Roger Glover para assumirem vocal e baixo, modificou definitivamente a banda e colocou-a no merecido patamar de lendas. A voz aguda e os gritos do vocalista não poderiam jamais ser substituídos na mesma dimensão, daí a decisão acertada de, após a sua saída, depois do álbum “Who Do We Think We Are”, fazer a opção por um cantor de performance completamente diferente. A interpretação de “Child In Time”, porém, permaneceria como patrimônio de Gillan.

15º. Ozzy Osbourne – 160 pontos
Não se trata apenas do timbre perfeito, mas da identidade. Ozzy não é um cantor impecável, longe disso, mas é único de tal forma que seus inúmeros imitadores não conseguem se desvencilhar do estigma de serem o que são: imitadores. O Doom e o Stoner Metal não seriam os mesmos – ou quiçá existiriam – se não houvesse a cartilha escrita por Ozzy e o Black Sabbath.

14º. Geoff Tate – 160,5 pontos
Quando o Queensryche surgiu, ninguém utilizava ainda a expressão “Prog Metal”. Geoff Tate foi um dos arquitetos do estilo e sua banda lançou o mais importante dos álbuns conceituais já realizados dentro do gênero: “Operation Mindcrime”. Geoff inspirou uma geração de artistas que enriqueceram o Metal com vocalizações apuradas, explorando os tons mais altos e a melodia.

13º. Glenn Hughes – 163,5 pontos
O tempo parou de olhar para Glenn Hughes. Enquanto tantos cantores de sua geração estão tendo que enfrentar as inevitáveis consequências da idade, Glenn surpreende e parece aumentar o ritmo de trabalho, seja com seus álbuns solos ou com os supergrupos The Dead Daisies e Black Country Communion.

12º. Chris Cornell – 167 pontos
O melhor cantor que Seattle revelou na explosão de bandas que caracterizou aquela região no começo dos anos 90. O Soundgarden, porém, já estava ativo alguns anos antes, e discos seminais como “Ultramega OK” e “Louder Than Love” revelaram Cornell, um artista desafiador e versátil, criador de canções de peso absoluto, como “Jesus Christ Pose”, ou de baladas tristes como “Feel On Black Days”.

11ª. Janis Joplin – 172,5 pontos
Foram apenas quatro álbuns, mas que estabeleceram uma lenda. Janis personificou o Blues como poucas cantoras conseguiram ou conseguem fazer. A emoção, a entrega e a voz imensa cobraram, porém, um preço muito alto da mulher que se ressentia da solidão na vida pessoal, contraditória com o relacionamento íntimo que estabelecia com seu público.

10ª. Tarja Turunen – 177,5 pontos
O tecladista Tuomas Holopainen não poderia ter encontrado melhor cantora, para a banda que estava desenvolvendo, do que a intérprete lírica Tarja Turunen. O Nightwish foi uma grande revelação e alavancou toda uma nova onda de Metal Sinfônico. O relacionamento interno, porém, não suportou a pressão do sucesso e Tarja deixou a banda, mas prossegue em uma carreira solo de muito prestígio, refinamento e qualidade.

9º. Steven Tyler – 192,5 pontos
O Hard Rock americano deve muito ao Aerosmith. Tendo o guitarrista Joe Perry e o vocalista Steven Tyler à frente, o grupo é um daqueles fenômenos de superação que, depois de uma primeira fase influente, perdeu popularidade, para depois reerguer-se com um alcance bem maior. O carisma e a voz impecável de seu cantor foram os principais motores dessa retomada.

8º. James Hetfield – 193,5 pontos
O garoto cheio de espinhas, que aparece na contracapa de “Kill’Em’All”, tornou-se uma das figuras de autoridade máxima dentro do cenário do Heavy Metal. À frente do Metallica, James Hetfield impõe uma presença de palco inquestionável, que evoluiu ao longo do tempo da mesma forma que sua voz.

7º. Michael Kiske – 211 pontos
Kiske é um desses cantores que surgiram no momento certo para dar uma guinada nos rumos do Heavy Metal. O primeiro álbum do Helloween, “Walls of Jericho”, já era excelente, mas Kai Hansen não conseguia reproduzir no palco as funções concomitantes de guitarra e vocal. Kiske veio para assumir a voz na dupla de discos que moldaria toda uma geração de amantes de Metal com arranjos rápidos, melódicos e interpretados com esmero.

6º. Robert Plant – 211,5 pontos
Muitos dos cantores, que estão nessa lista, não apresentam hoje a mesma performance de seus dias de glória. Robert Plant é, naturalmente, um desses casos, pois em sua idade não poderia mais disparar os gritos agudos que se tornaram sua característica, mas, por outro lado, ele soube como poucos se adaptar às mudanças de sua voz e prossegue gravando obras de arte.

5º. David Coverdale – 224,5 pontos
Substituir alguém como Ian Gillan não é fácil, mas o cantor David Coverdale tirou o desafio de letra e gravou algum dos melhores álbuns do Deep Purple. Não faltam fãs que afirmam preferir a sua fase na banda. Após o primeiro final do Deep Purple, Coverdale deu início ao Whitesnake, que se tornou um nome gigantesco dentro do Hard/Heavy.

4º. Rob Halford – 370,5 pontos
O “God of Metal”. Um jovem ator de teatro que substituiu o cantor original de uma banda e que, junto a esta, definiu o que o Metal deveria ser, tanto em termos sonoros, quanto visuais. A idade tem sido generosa para Rob Halford, em termos de voz e de criatividade. Privilégio dos Deuses…

3º. Bruce Dickinson – 374 pontos
Ao ser convidado para o Iron Maiden, Bruce Dickinson fez questão de mostrar que entraria para somar como elemento criativo no grupo e não somente como o vocalista. Paul DiAnno gravou dois álbuns fundamentais, mas Bruce era o cantor mais adequado para estar com a banda no caminho para o qual esta seguia e, juntos, desenvolveram aquela que é possuidora de um dos séquitos de fãs mais fiéis que se tem notícia. Bruce é aviador, escritor, palestrante, mas, antes de todas essas facetas, ele é, para muitos, a voz mais representativa do Heavy Metal.

2º. Ronnie James Dio – 413,5 pontos
Seja nos tons rasgados, no dramático e soturno ou nas melodias mais suaves, Ronnie James Dio superava as expectativas e modificava o som de qualquer banda com que trabalhasse. O Black Sabbath com Dio, não poderia continuar soando como o Black Sabbath com Ozzy Osbourne; o Rainbow sem Dio tornar-se-ia uma banda voltada para outro direcionamento. Dio, quando conversava com a plateia em seus shows, jamais elevava a voz. Ele estabelecia as conversas em tons normais, pois entendia que o contrário seria um desrespeito com seu público, que poucas vezes teve um artista tão atencioso e solícito quanto o saudoso cantor. 

1º. Freddie Mercury – 427,5 pontos
“Eu não serei um astro do Rock, serei uma lenda”! Assim disse Freddie Mercury e essas não foram palavras ao vento! Além de cantor fenomenal, Freddie era um grande compositor e, ao lado de seus companheiros do Queen, experimentaram a fusão do Rock com os mais diversos gêneros musicais, sempre acrescentando o toque de midas e de fazedores de hits. Em cima do palco, Freddie tornava-se um gigante capaz de segurar a plateia na palma de suas mãos. O Queen realizou álbuns grandiosos e poderia ainda ter realizado muito mais, mas não foi assim que o destino quis e o cantor deixou o plano existencial…
Mas a Lenda permanecerá por muitos anos!

Redatores responsáveis pela votação: Gleison Jr., Leandro Viana, Marcos Gonçalves, Alexandre Temoteo, Helton Grunge, Vitor Sobreira, Anderson Frota, Bruno Rocha, Daniela Farah, Renan Soares, Flavio Farias, Jessica Marinho, Jessica Alves, Leandro Farias da Costa, Aline Costa, Jessica da Mata, Alexandre Veronesi, Pedro Henrique, Mauro Antunes, Maria Clara Goé, Gustavo Troiano, Giovani Turazi, Marcelo Sant’Anna, Eduardo Muralha, Alessandro Iglesias, Caio Cesar, Jennifer Kelly e Umberto Miller.

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