Resenha: Mugo – Race Of Disorder (2017)

A cada material que recebo da Roadie Metal assessoria, há sempre uma banda que acabo descobrindo e me supreendendo, já foi assim com o Melanie Klain, Death Chaos, Fallen Idol, entre outras, mas dessa vez uma banda me deixou boquiaberto, trata-se do Mugo, banda de Goiânia que faz um Metal Extremo com uma qualidade impressionante.

Consigo ver muitas influencias de bandas consagradas do Metal Extremo, como Krisiun, Pantera, Lamb Of God e Cavalera Conspiracy, mas apesar dessas influencias, a banda conta com um som muito original, com uma identidade própria.

O terceiro álbum da banda de Goias, “Race Of Disorder“, sem dúvidas é um dos melhores lançamentos nacionais dos últimos tempos, e nada mais justo do que uma resenha detalhada do trabalho.

A faixa-título chega com os dois pés no peito, com riffs arrasadores junto a muito peso e velocidade, os vocais de Pedro Cipriano mostram muita dinâmica, com momentos mais agressivos e outros cadenciados em seus guturais. Ótimo trabalho na bateria de Weyner Henrique. Essa sem dúvida abriu o trabalho perfeitamente, mostrando que o que vem pela frente é arrasador.

Seeds Of Pain” é bem pesada e começa pouca coisa mais cadenciada que a primeira, o riff principal me lembra algo do Arch Enemy, e os vocais mostram a mesma versatilidade da primeira faixa. Se o ouvindo não prestar tanta atenção pode até achar que são dois vocalistas. Caminhando para o seu final, temos a ponte que lembra muito algumas composições do Pantera nas guitarras. Essa faixa merece uma atenção a mais do ouvinte, realmente é uma ótima música.

A terceira faixa é “Corruption“, com uma pegada mais rápida e agressiva, com influências do Hardcore. Ao seu final ganha peso com uma pegada bem Groove. Destaque mais uma vez para a bateria, que tem até alguns Blast Beats pra deixar a faixa bem completa.

Começando de forma mais lenta e épica, temos “Sanguessugas“, parecendo até uma faixa de Doom Metal, no melhor estilo Candlemass, mas não se engane, essa faixa se torna super pesada e rápida. Cantada em português, retrata bastante a realidade nacional. Essa concorre pra ser a melhor do Play.

Quase que na mesma pegada da anterior, “Deliverance” tem uma ótima cozinha, com ótimos riffs e vocais. Tem uma variação de tempo interessante e seu final gruda na cabeça com o vocalista ecoando “What doesn’t kill you makes you stronger“. Em poucas ouvidas você estará cantando junto.

Think Twice” tem a mesma estrutura da maioria, com o diferencial sendo o seu refrão levemente melodioso, com um vocal menos gutural. Esse diferencial, mesmo que pequeno, chama atenção e faz a faixa se tornar super interessante.

Fechando o álbum temos duas faixas em Português. Primeiro “Terra de Ninguém“, que é um Hardcore cheio de coros no refrão e com versos que falam sobre a ação e a guerra. Fechando, vem “Elo Quebrado“, com ótima performance da bateria, e refrão pegajoso, com mais Blast Beats pra explodir sua cabeça.

Bom, mais uma vez eu digo que esse é um dos grandes lançamentos nacionais do ano, a gravação, mesmo que um pouco abafada, é muito boa, principalmente a bateria, que entrega uma mixagem bem limpa, na medida. O trabalho começa muito forte, mas perde um pouco de força no seu final, mas nada que prejudique a qualidade. Também acho que abanda deveria arriscar alguns solos marcantes nas faixas. Com certeza irei acompanhar a banda daqui em diante, pois o som é perfeitamente compatível com meu gosto. Que venham mais trabalhos assim em um futuro próximo.

Formação:
Pedro Cipriano (vocal);
Guilherme Leal (guitarra);
Faslen (baixo);
Weyner Henrique (bateria).

Faixas:
01. Race Of Disorder
02. Seeds Of Pain
03. Corruption
04. Sanguessugas
05. Deliverance
06. Think Twice
07. Terra De Ninguém
08. Elo Quebrado

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