Em 1996, o Accept gravou o álbum “Predator” e com divergências a rodo entre os pilares da banda, encerrou suas atividades alguns meses após. Em 2005, uma tentativa de reunião acabou frustrada e desta vez, UDO abandonou o barco de vez.

Os outros 2 pilares do Accept, Wolf Hoffmann (guitarra) e Peter Baltes (baixo) não se deram por vencidos e retomaram as atividades chamando o experiente vocalista Mark Tornillo, o ex baterista do Running Wild e Helloween, Stefan Scharzmann e repatriaram um velho amigo e conhecido, o guitarrista Herman Frank que já havia tocado com a banda nos clássicos “Restless and Wild” (1982) e “Balls to the Wall (1983), e entraram no estúdio.

Para a produção, ninguém menos que o mestre Andy Sneap, e tendo o suporte de uma gravadora como a Nuclear Blast, tudo conspirava a favor de um retorno triunfal. E foi exatamente o que aconteceu, e gravaram assim, um dos melhores álbuns de sua carreira, um retorno triunfal aos melhores dias.

Tornillo de cara chamou a atenção, pois especialmente neste trabalho, seu timbre de voz está mais similar ao de UDO do que nos trabalhos posteriores, quase uma mistura com outro grande frontman, Brian Johnson (AC/DC). Wolf Hoffmann e Peter Baltes seguiram sendo os líderes de tudo.

Faixas como “Beat the Bastards”, a já clássica “Teutonic Terror”, a espetacular faixa título, a rápida “Locked and Loaded”, Rolling Thunder” e “Bucket Full of Hate” são recheadas de ótimos riffs, refrãos melódicos e com backings em coro, a velha fórmula que o Accept fez durante toda a sua carreira, aqui ganhou contornos ainda mais fortes.

As cadenciadas “The Abyss” e “Shades of Death” são outro capítulo à parte, algo que a banda já havia feito com faixas como “Heaven Is Hell” por exemplo, lá atrás nos anos 80. E tem a atualíssima “Pandemic” com sua letra que remete aos dias de quarentena que vivemos atualmente.

Ah, e tem espaço para a balada “Kill the Pain” onde Tornillo mostra seu lado cantor mais aflorado. Para quem não curte baladas, melhor pular essa faixa. A faixa bônus da edição japonesa tem um riff de abertura realmente diferenciado, e se transforma em uma das melhores de álbum, com Tornillo adotando uma linha mais melódica do que no restante do trabalho.

Como já dissemos, “Blood of the Nations” é um retorno triunfal e o Accept mostrou que não precisa do carismático ex frontman UDO, já que achou um frontman a altura. Felizmente hoje, 10 anos após, a banda parece estar cada mais forte, apesar que apenas Tornillo e Hoffmann continuam na banda. A principal veia criativa ainda está lá. Que continue assim, para delírio dos fãs.

Accept – Blood of the Nations
Data de lançamento: 20 de agosto de 2010
Gravadora: Nuclear Blast

Tracklist
01 – Beat the Bastards
02 – Teutonic Terror
03 – The Abyss
04 – Blood of the Nations
05 – Shades of Death
06 – Locked and Loaded
07 – Time Machine
08 – Kill the Pain
09 – Rolling Thunder
10 – Pandemic
11 – New World Comin’
12 – No Shelter
13 – Bucket Full of Hate
14 – Land of the Free (bônus)

Formação
Mark Tornillo – vocal
Wolf Hoffmann – guitarra
Herman Frank – guitarra
Peter Baltes – baixo
Stefan Scharzmann – bateria


Encontre sua banda favorita