Os ingleses do Wired Euphoria lançaram bons singles em 2025, mirando em um público de garagem a primeira música que surgiu em março foi “The Greener Grass”. Essa estreia revelou uma banda melancólica, porém melódica. No mês seguinte, a dupla solta “Rat Poison” mais pulsante e crua em sua proposta. No entanto, Jack Cawthorn (compositor, guitarrista, vocalista e produtor) e Harry Barber (baterista e produtor) reuniram todas as suas influências para o lançamento de “Laughter in The Dark” neste mês de agosto. Aqui você tem em uma música de mais de quatro minutos melancolia, selvageria e orgulho da cena alternativa.
A linha musical de “Laughter in The Dark” preserva o hábito da crueza como nos dois outros singles. Dessa forma, a organicidade da composição flui fácil aos ouvidos do fã. A energia extraída dos falantes enquanto a música toca é pura e visceral, pois as definições sonoras aqui beiram ao punk rock. Além desse fato, o Wired Euphoria tramita também pelo grunge e dá novo significado ao cenário do indie rock. Aqui os vocais são despretensiosos, mas reforçam a estética do punk em suas letras. Em meio a este show de distorção o duo destaca o amor no tema da música.
Um mergulho profundo nas influências do Wired Euphoria, encontramos algo de Nirvana, pelo despojamento, Oasis pelo tipo de produção mais simplista e The White Stripes pela atitude. Jack talvez seja o principal responsável por isso, já que partiu dele a ideia de estruturar essa música desde a letra até a parte instrumental, além disso, o músico multifacetado ainda comandou a produção, embora Harry tenha composto as partes de bateria e ajudado na produção. Dessa forma, está tudo em casa sem a intromissão de profissionais de estúdio dando palpites. A crueza e emoção geridas por “Laughter in The Dark” credibiliza a dupla.
Com uma personalidade mais forte do que a das outras músicas lançadas, espera-se que, a partir daqui, o Wired Euphoria marque o seu primeiro gol rumo ao estrelato. “Laughter in The Dark” é uma música de bar que pode ser transmitida por rádios e embalar várias festas. O mais fantástico é que Jack levou apenas uma hora para escrever esta música e, sobre a gravação, não levou mais que alguns ‘takes’. O resultado é isto que você ouve como referência de canção rápida, cativante e mortal. Poucas bandas nos dias de hoje são capazes de fomentar algo tão produtivo e eficaz aos olhos da arte.
Ouça “Laughter in The Dark” pelo Spotify:
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