Quando o assunto é death metal, as bandas suecas estão à frente sobre vários aspectos. Em primeiro lugar, foi na Suécia que surgiu o termo melodic death, em segundo lugar, existiu lá um movimento de bandas que usavam o famigerado pedal HM – 2 que, por sua peculiaridade, revelou nomes como Entombed, Dismember e Unleashed. Além disso, a produção dos álbuns gravados no país escandinavo, era muito superior do que em álbuns gravados nos EUA ou em outros países da Europa. Hoje, muitas ramificações se espalharam e, bandas como o VILT, carregam esse legado majestosamente. O EP “…To Mourn The Death Of A Stranger” está aí para provar.
Prestes a lançar o primeiro álbum e integrante dos selos Gain, Fifth Island Music e Sony Music Entertainment, o grupo apresenta neste trabalho seis canções, cuja primeira “World Eater”, nos arremata imediatamente ao velho poderio do death metal. Distorções sujas, com bases bem distribuídas e uma pegada veloz traduzem a primeira impressão. Tais qualidades transcendem à segunda música chamada “Black Death”. Com um pouco mais de peso, a violência sonora e o impacto dos riffs geram satisfação em nossas mentes. Sem grandes complexidades, o andamento meio contido favorece um bom clima à execução do peso.
Além da velocidade, pegada firme e um direcionamento bem definido, a banda VILT explora sonoridades mais tensas, como em “Burden” que possui alguns climas mais nebulosos, embora o som grotesco é ainda presente. Por ser uma das faixas mais pomposas, as ondas de peso extraídas das seis cordas são mais intensas. Mas se a identidade pede mais rapidez, a sua sucessora “Six Feet Deep” chega atendendo a carência, contudo, existem partes mais trabalhadas como o belo solo. Porém, a estrutura é majoritariamente brutal com técnicas vocais, que alternam entonações gritadas e guturais e, em poucos momentos, até limpos.
Por mais que o termo melodic death seja aplicado às músicas do VILT, a expressão death metal old school também é muito bem-vinda, pois canções como “Heart Of Gold” todas as qualidades de uma banda pesada, melódica e atormentadora são pulsantes. Desde o primeiro riff ao solo perfeitamente elaborado, as linhas de guitarra são versáteis. Por conseguinte, existe um lado soturno que está na faixa título. Mas tal característica atribui-se apenas à introdução, porque depois disso a porradaria segue o seu caminho. Com isso, este grupo sueco termina mais uma etapa da preparação do terreno ao seu álbum completo. Degustação aprovada e encantadora com este EP.
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