A depressão é o mal do século. Ela é uma doença silenciosa e já levou consigo muita gente no mundo. Todos travam uma batalha interna todos os dias, nem sempre sabemos até onde iremos aguentar. Na música temos vários exemplos de artistas que foram vencidos por esta doença e nos deixaram órfãos de seus trabalhos.

Mais recentemente tivemos a perda de Chester Bennington (2017), Chris Cornell (2017), mas este mal já assola o mundo da música há muito tempo, levando Chorão (2013), Champignon (2013), Layne Staley (2002), Kurt Cobain (1994) e muitos outros, nos deixando com saudade de seu trabalho e deixando um alerta importante: a depressão mata e não importa sua fama, seu dinheiro, sua influência; todos estão sujeitos a cair. O jeito é tomar cuidado, é procurar ajuda, é oferecer ajuda e ficar atento aos sinais de quem está ao redor.

Nosferatu é a 4ª faixa do álbum O Quinto Ato (2018) da banda Verbo Perfeito e traz este tema polêmico: quando o homem deixa os pensamentos maus e negativos dominá-lo. Uma vez que isto acontece, uma vez que damos voz aos pensamentos negativos e errôneos, tudo tende a se perder em nossa vida. Aqui fala também das consequências que tais escolhas podem gerar em nossa vida.

O mal está bem perto, pode estar do lado de dentro e lutar contra estes pensamentos negativos é a melhor saída para enfrentar estes problemas. Se nos deixarmos levar por nossos pensamentos ruins, as consequências podem ser graves e, talvez, não haja como consertar depois.

O álbum todo traz a reflexão sobre uma vida angustiada, as batalhas do cotidiano, a luta contra a tristeza e a frustração. A felicidade constante não passa de uma ilusão e, quanto mais cedo percebermos isto, mais fortes nos tornaremos diante das dificuldades. Nosferatu vem, de forma polêmica, apresentar as consequências que podem ser geradas ao deixarmos os pensamentos negativos tomarem conta de nós.

“Mostrou-me outros iguais a mim: covardes, fracos, sem coração” é um trecho importante da música e mostra que não estamos sozinhos e que nem todo mundo consegue vencer de forma fácil as dificuldades do cotidiano. Fingir que está tudo bem e querer impor uma felicidade mentirosa pode ser o primeiro passo para o total fracasso diante do problema. Não dar voz ao mal e procurar ajuda é a melhor saída.

Com fortes referências do Rock Alternativo/Grunge de Seattle dos anos 90, a Verbo Perfeito traz a angústia e a batalha emocional em sua essência. Enquanto a juventude da época não aguentava mais viver naquela fantasia de um mundo perfeito deixada pelos Glam Rock dos anos 80, os jovens da década de 90 resolveram escancarar os problemas reais que enfrentavam em suas lutas psicológicas diárias. Isto trouxe à tona muita coisa que estava oculta: uma sociedade doente que grita angustiante por ajuda.

Aquela juventude mostrou que a luta interna existia e este tabu precisava ser vencido e que o problema deveria ser tratado. Diante disso, a Verbo Perfeito também não quer calar essa voz que clama por ajuda. Essa voz representa cada um com sua batalha diária e que luta para não sucumbir em meios aos problemas enfrentados. A última faixa do álbum O Quinto Ato (2018) chamada Segue a Luz deixa bem claro o por quem lutar: “Mas sabe esta luz que ‘cê’ tá vendo, segue ela o teu caminho; não importa quanto tempo, limpará suas feridas. Se desprende da revolta, por estes que te amam: filha, mãe, irmãos, amor, amigos, segue a luz”. Esta faixa traz um pouco de esperança e termina de forma positiva uma reflexão intensa e densa que consta ao decorrer de todo o álbum da banda.

Nosferatu apresenta o que há de pior nos pensamentos do ser humano e diz o que pode acontecer conosco e com as pessoas ao nosso redor caso deixemos esses sentimentos negativos, esses pensamentos malignos nos dominarem. Quando a voz diz “Que tal você pular, te faço anjo se quiseres” nos deixa claro que a pessoa se encontra em uma dor tão profunda que procura na morte uma saída deste problema, procurando alívio em uma possível vida vindoura e desistindo de lutar.

A escuridão não tem as respostas que precisamos e Nosferatu deixa isto claro, mostrando que, se dermos voz a estes pensamentos, não haverá mais um futuro. Não é uma batalha fácil de vencer, sozinho torna-se ainda mais difícil.

Verbo Perfeito é uma banda de Grunge/Metal/Rock Alternativo da cidade de Ribeirão Preto – SP formada em 2004. Trazendo metáforas da dicotomia do profano e divino, a banda veio com seu mais recente trabalho, O Quinto Ato (2018), mostrar o que de pior tem o ser humano em sua alma e o quanto ele precisa lutar contra isso para ter uma vida saudável em sociedade.

A banda já possui 5 álbuns lançados, são eles: O Caminho Sem Volta (2005), A Metade + 1 (2006), A Terra dos Corações Partidos (2008), Verbo Perfeito (2011) e O Quinto Ato (2018). Todos estes trabalhos apresentam protestos, agressividade, melancolia, densidade, luta e fortes questionamentos sobre a vida do ser humano e sua sociedade quase falida. Seja de forma direta, vindo de frente contra o problema e colocando o dedo na ferida, ou sendo de forma mais suave e poética, a Verbo Perfeito tem em si uma forte veia reflexiva e questionadora, levando ao público toda a intensidade de uma banda de Rock revoltada com os problemas do cotidiano e que visa uma mudança nisso, começando com um despertar das pessoas.

A banda possui várias influências importantes para compor o som da banda. Cada integrante coloca suas referências na forma de tocar e de criar o trabalho da banda. Toda esta gama de opções é o que torna o som do Verbo Perfeito algo único. Will Vasconcellos, vocalista e compositor da banda, se inspira muito na cena de Seattle dos anos 90, é um fã ferrenho de Chris Cornell e Soundgarden, ouve muito Nirvana, Alice in Chains e Smashing Pumpkins e bebe muito dessas fontes para compor as letras da banda.

O outro vocalista, Jonathan Down, já se influencia mais na cena Hardcore em bandas como: Madball, Hatebreed, Sick of it all, Terror, Agnostic Front, Pennywise, Bad Religion e Face to Face; com isso, ajuda a banda a ganhar velocidade e mais agressividade com sua forma de cantar.

Outros integrantes colocaram influências de Thrash Metal, o próprio Grunge e até Hardcore Melódico/Pop Punk para trabalhar na obra final da Verbo Perfeito. Com toda esta gama de influências, a banda segue no underground fazendo seus shows e levando sua música e suas reflexões para o público, usando o movimento do Rock como meio de comunicação para aliviar suas angústias e procurar soluções.

Verbo Perfeito já dividiu palco com bandas como Dead Fish e Tolerância Zero, além de participar de festivais de música autoral e tocar em vários Pubs da região do interior de São Paulo. Consideram os shows de estreia de novos álbuns sempre marcantes, mas um que marcou muito a banda foi a primeira vez que puderam apresentar seu som em São Paulo – SP: um momento marcante para o trabalho da banda que pôde levar sua obra até a maior cidade do país e deixar registrada sua presença no local.

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