Em 2023, quando o Velour Fog apareceu com o single “Black Babylon”, muitas pessoas poderiam deduzir que seria mais uma banda com influências de Alice Chains. No mesmo ano, com a liberação de “Dopehead”, o grunge deu mais espaço a uma agradável técnica groove. Por conseguinte, o próximo lançamento chamado “Glue” (2024), trouxe o quinteto de Londres (ING) mais pesado, mas também apontou a um novo direcionamento que resultou em “Fake” (2025). Dessa vez, a banda embarcou de corpo e alma no funk metal gerando mais diversificação musical, além de segurar o peso. Podemos dizer que “Fake” é a soma de tudo que o grupo fez até agora.
Sobre a qualidade e performance musical, a própria banda declarou que “Oferecendo aos ouvintes um festival de riffs implacáveis, licks saborosos, guitarras rápidas e uma mistura de batidas com elementos de Hard Rock, Funk, Hip-Hop, Grunge e Nu-metal, nosso som é uma fusão dos anos 90 com a era Y2K que faz a cabeça bater por todos os motivos certos.” Como ouvintes, nós podemos confirmar tudo isso apenas ouvindo “Fake” que, neste momento, é um divisor de águas. Nas linhas seguintes pontuaremos os motivos que levaram o Velour Fog ficar tão versátil.
Jake Adams (guitarrista e vocalista), possivelmente é o principal reformulador do som, pois o músico também é compositor. Aqui, o seu talento somado à dinâmica de Marshall (vocalista), é evidenciado pelo dueto devastador. Marshall, que possui performance explosiva e contribui para a empolgação do fã à música. Para você sentir melhor a pressão, pode até conferir “Fake” pelo videoclipe publicado no YouTube. Esta é, sem dúvidas, uma das melhores comissões de frente da cena alternativa, pois a dupla possui um poder cativante impressionante. Fãs de Faith No More e Red Hot Chili Peppers ganharam mais um motivo para ampliarem suas playlists.
Não podemos esqecer da cozinha fantástica composta pelo Sr. Moose (baterista) e Kacper (baixista). Para o bom entendedor, a boa relação entre esses dois instrumentos é que faz a festa em qualquer execução groove. Isso não é problema para Moose que, junto com o riff de guitarra, participa da introdução já metendo ficha em seu quite. Atente também às partes mais complexas, onde Kacper se destaca com sua harmonia grave e elegante. Tudo isso embalado pelo peso monstruoso da guitarra de Otta. Até aqui o Velour Fog demonstrou ser singular na cena rock/metal, o que virá adiante? Só essas pessoas brilhantes poderão dizer.
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