Há uma máxima da filosofia popular que diz que a pressa é inimiga da perfeição, mas como sempre existe alguém que gosta de pegar os paradigmas e manda-los às cucuias, foi separada aqui uma lista com clássicos compostos por músicos que podemos chamar de apressadinhos, mas que não deixam com isso, que a composição caia na chatice.
Aqui o único instrumento razoavelmente fácil de se tocar é o baixo, o que de forma alguma desqualifica sua atuação. Os vocais extremamente bem trabalhados, como é de costume no Purple, encontram um chão perfeitamente confortável pra andar nos acordes e riffs minuciosamente selecionados pelos instrumentistas de cordas e teclas. Ian Paice simplesmente dá uma lição de como ser soberbamente preciso, rápido e mesmo assim sem perder o feeling que a condução rítmica exige. Atente-se aos solos de Ritchie Blackmore e Jon Lord.
https://www.youtube.com/watch?v=RrIgTCzk1ww&list=RDRrIgTCzk1ww&t=8
Falar em velocidade e feeling sem mencionar Malmsteen é musicalmente um pecado capital! Em meio a tantas obras absurdamente virtuosas desta reencarnação moderna do Nicollo Paganinni, esta que foi escolhida traz o que considero ser o mais belo, romântico e virtuoso solo da carreira do guitarrista. Ouça e sinta como as notas praticamente gritam e choram, levando o ouvinte ao ápice do êxtase musical e envolvimento com o clima criado pelos músicos de apoio.
https://www.youtube.com/watch?v=AUAz3zE4aG4
Infelizmente aquelas bandas que nos faziam ficar feito zumbis, paralisados em frente ao palco observando a magnitude de seus arranjos e a maestria com a qual seus instrumentistas conduziam seus instrumentos está diminuindo drasticamente. Não que não haja mais bandas boas, elas existem ainda e nós da Roadie Metal provamos isso a vocês todos os dias levando bandas novas, revelações tanto do Underground quanto do Mainstream. O que me faz falta nas bandas atuais, é essa ousadia, busca pelos extremos da perfeição e constante desejo de se superar tanto lírica quanto instrumentalmente! Ouça esta pedrada do Kansas e entenda o que quero dizer.
Quem estuda guitarra, sabe que os solos do Iron Maiden não são exatamente standarts quando o assunto é velocidade e técnica exageradamente inatingível, mas aqui a dupla de guitarristas Dave Murray e Janick Gers resolveram elevar o patamar de velocidade unida a uma dificuldade técnica bem mais intrincada, dada a precisão da execução das notas do solo. É meu caro, pra tocar esse solo, você só tem duas opções: BE QUICK OR BE DEAD!
Não poderia faltar não é? Dragonforce quebrou todas as barreiras do absurdo com sua inquestionável masterpiece. Embora haja quem diga que os músicos, especialmente os guitarristas, não sejam lá essa coisa toda e que em algumas execuções desta música ao vivo, deixem a desejar, é inegável que os caras conseguiram atingir nesta gravação um nível invejável e quase sobre- humano de técnica, velocidade e entrosamento.