Em setembro deste ano, a primeira música da banda Velcrocranes, “Step Aside”, foi lançada nas plataformas digitais. A partir daí, o mundo teve oportunidade de conhecer o quinteto formado por Efim (vocalista), Alex (guitarrista e arranjador), Liza (guitarrista e compositora), Nikita (baterista e produtor) e Bogdan (baixista). O estilo despojado, com presença forte de elementos modernos entrelaçando-se a climas mais clássicos, deram vida a outros singles que prepararam terreno para o álbum completo “What If I Die”. O grupo de Batumi (GEO), reuniu quinze composições neste disco incluindo três dos quatro singles lançados previamente.
No início, a banda tocava músicas que exigiam algo mais que talento como jazz, por exemplo. Isso explica o potencial de cada composição inserida neste disco, pois além de belas melodias, técnicas de voz e arranjos, o grupo encaixa peso e sofisticação. Dessa maneira, surge aqui uma banda com influências tanto do hard rock, como do rock progressivo. “Mountains”, a maior canção do álbum, traduz essas palavras com sutileza nos detalhes. Em seus mais de seis minutos de duração, a música transita por vários andamentos com passos suaves e, ao mesmo tempo, mudando para riffs mais velozes e um solo apaixonante.
Em execuções mais monogâmicas, como em “When I Was One and Twenty” o Velcrocranes faz uma pequena amostra da sua virtuose para receber “Hold Your Breath” na sequência. Se o rock pelo mundo está cheio de bandas genéricas, que gravam suas canções, enlatam e põem em uma prateleira, o Velcrocranes está aí para traçar um contraponto, pois suas músicas despertam sentimentos, sejam eles de satisfação, dor ou alegria, mas que a banda te marcará em alguma coisa, pode ficar certo disso. Aqui não existe saturação, apesar de que isso aconteça mais em bandas com músicos gabaritados, como é este caso. No entanto, o álbum “What If I Die” é completamente desembaraçado e suas músicas fluem como uma corrente calma de rio.
Um exemplo perfeito da melodia gerada por quem possui intimidade com o seu instrumento, está nas conceituais “Afterlife, Pt.1” e “Afterlife, Pt.2”. Uma curiosidade é que em 2018 a banda chegou a lançar um EP com este nome. Trata-se de duas canções onde o ápice musical aflora com divina perícia. Nestas músicas estão o retrato perfeito da obra prima, tanto na parte fraseada das notas como nos arranjos. Este primeiro álbum do Velcrocranes é tão substancial quanto a própria vida de quem o ouve.
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