Em 2024 o Ungoliath apareceu com o álbum “Whispers of the Gale”, trazendo uma sonoridade violenta e atormentadora. Em seguida, já em 2025 a banda continua o seu reinado com o EP “The Fourfold Descent”, um trampo mais polido, mas com a essência do black metal intacta. Hoje, o projeto liderado por Bane apresenta o segundo full-length “Shadows of the Eclipse”. Logo na primeira faixa “Sealed in Fire, Crowned in Dusk”, percebemos a evolução dessa one-man band. Com produção mais afiada e ódio bem mais intenso, o trabalho vai tomando forma. A dose se repete em “Threnody of the Fallen Sphere”.
Em “Cry of the Broken Realm”, o multi-instrumentista destaca uma introdução soturna nos teclados, mas o bombardeio orquestrado por poderosas pedaladas duplas vem em seguida. Este hino, no entanto não prima pela velocidade, mas pelo terror extraído dos guturais de Bane. Além disso, o peso orquestrado também define um bom padrão de extremismo. Agora, se velocidade é a palavra de ordem, a faixa título supre qualquer necessidade. “Shadows of the Eclipse”, a música, possui tanta energia que é capaz de causar dor em seu pescoço de tanto bater cabeça. Mas ela não é 100% à velocidade da luz, há também períodos cadenciados bem sacados.
Assim como sua antecessora, “The Cosmic Bind” atende pela boa performance da cozinha, mas se observarmos os riffs, encontraremos boa empolgação. Sobre isso, é correto afirmar que o artista sabe como diversificar as notas, deixando a audição do álbum muito cativante. Melodias assombrosas é o que mais se tem aqui. Entretanto, se o embelezamento para você for pouco, observe os níveis de melodia em “Rise from Ruins”, um verdadeiro hino. Compassos rápidos e outros mais cadenciados imprimem dinamismo e peso na canção. Em Ungoliath não existe som pedante, tudo em seu repertório é feito com extremo conhecimento.
A penúltima música do álbum, “Stormbound Elegy” é marcante e instigante. A sujeira do timbre da guitarra combinando ao som de fundo do teclado, forma uma experiência boa de ouvir, enquanto os vocais de Bane rasgam os ventos. Finalmente, o hino “Born Through Ashes” chega com mais dinâmica nos riffs e na bateria. Por mais que a proposta de várias bandas de black metal sejam promover o caos, isso não parece ser exatamente a ideia de Ungoliath, pois aqui o que você encontrará serão oito títulos bem tocados, nivelados e poderosos. Claro, características essas para quem curte o estilo. Se você, por acaso, é da turma do metal espadinha, nem tente ouvir o que tem aqui.
Confira “Shadows of the Eclipse”:
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