Jimi Hendrix talvez seja o filho mais famoso de Seattle (EUA), pois o saudoso astro da guitarra é referência mundial nos vários seguimentos do rock. Hoje, trago para você uma bela homenagem ao grande artista feita por Ari Joshua (guitarra e vocal), Russ Lawton (bateria) e Ray Paczkowski (teclados). Esses três nomes da música de qualidade criaram uma versão para o clássico “Voodoo Chile” do terceiro álbum de The Jimi Hendrix Experience, “Voodoo Chile” (1968). Embora a música nas mãos dos contemporâneos seja bem melhor produzida e com peso renovado, a essência do velho rock’n’roll está presente e bem preservada.
Notamos na música que os discípulos de Hendrix entenderam bem os seus ensinamentos, pois a aplicação dos conhecimentos foram foi executada com máximo de maestria. Na cozinha, por exemplo, o trabalho foi maduro com Paczkowski arrasando nos teclados e deixando a retaguarda totalmente harmonizada. Além disso, o músico usa um belo efeito Hammond que nos arremessa direto aos anos sessenta e quem ganha com essa viagem é o ouvinte e fã de rock, jazz e blues. Para mais detalhes, você não pode deixar de ouvir essa versão e conferir as nuances. É uma boa experiência oferecida com produção de ponta.
Ainda na sessão rítmica, Lawton trouxe para a música um gingado diferente. Com estilo próprio, o baterista não intenciona copiar os trejeitos de Mitch Mitchell, mas a sua seção é tão mágica quanto. A versão deste trio possui uma pegada mais consistente e viradas muito loucas, observe como as batidas da canção são soltas e harmônicas. De maneira idêntica, Joshua completa essa homenagem com a designação de um herói ao atingir com facilidade do objetivo comum da banda. Entre outras qualidades o músico possui voz marcante, além de ser exímio guitarrista. O resultado alcançado por essa turma não é menos que excelente!
Para a realização desse inesquecível projeto, o powertrio ainda contou com o suporte dos engenheiros de som e mesa Ben Collette e Jonathan Plum que trabalharam em seus respectivos estúdios. Além disso, o trabalho artístico de Burgandy Viscosi e Monte Mitchel capitura, assim como o trabalho sonoro, toda identidade dos anos sessenta fechando um círculo fantástico de empolgação e lembrança. Para os envolvidos, esta não é apenas uma releitura de música e, sim, um trabalho de evocação. Para nós ouvintes, isso se traduz na paixão, competência e profissionalismo de quem tem à mão o fruto de um legado.
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