Temos aqui um belo exemplo de trabalho em família, pois Transcending Into the Unknown é uma banda formada pelos parentes Filip Dahl que é irmão de Robert “pzyroks” Dahl e pai de Stian Dahl. Além disso, o grupo fecha a formação com os vocais de Eva Halsetrønning Rambraut. Belos singles como “Chronos” e “Giants”, ambos de 2024, foram lançados e alcançaram boa repercussão. Dessa vez, a banda retorna ao estúdio e consegue entregar nesse mês o primeiro álbum com o nome “The Journey”. Trata-se de um trabalho épico de seis músicas que reúne doçura, rispidez, peso e melodia no mesmo cardápio.
A primeira faixa, “Winternight”, começa com frases dedilhadas encantadoras preparando terreno para a voz esganiçada de Robert. Entretanto, Eva chega completando o clima com suavidade ao cantar a sua parte. Em outro momento, a moça dueta com Filip deixando tudo mais redondo. Uma forte característica dessa banda norueguesa é o folk metal em consonância com elementos do metal tradicional. Essa personificação é mais forte em “Giants” que, aqui, ganhou nova masterização, porém a sensação de ouvir um som pesado e melódico ao mesmo tempo, não é descontinuada, mas ampliada como se essa versão fosse mais poderosa. A alternância entre vocais promovem arrepios.
Na sequência, a faixa “The Valley” surge como um hino soturno e complexo com seus acordes de guitarras elegantes e cozinha vigorosa. Destaque da base, sem dúvida, vai para o baixo que dá suporte aos solos da canção com maestria. Por outro lado, o andamento da bateria também presenteia a música com cadenciamento de igual elegância. Para fazer justiça com “Chronos”, ela também ganhou aqui uma remasterização. Não que a primeira versão seja grosseira, mas essa nova roupagem combina profundamente com a produção do álbum. Sua melodia bem mais preenchida, toca em nossos corações com leveza e profundidade.
Algumas músicas como “Noir” nos dizem o quanto a banda pode ser virtuosa, ainda mais com a voz penetrante de Eva trabalhando em nossos ouvidos. Por conseguintes, solos alucinantes também ajudam nesse clima mágico. A estrutura passiva da canção nos remete a muita paz e, no quesito técnica, emerge aqui alguma influência do blues mais melancólico. De maneira idêntica, recebe também essa referência a música que dá nome à banda. No entanto, ela enquanto instrumental é executada sob a atmosfera mais virtuosa já praticada nesse álbum. Além dos solos geniais, o acompanhamento com teclados reforçam o seu lado introspectivo.
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