Quem achava que a Tormenta não poderia ficar melhor depois de seu segundo álbum, “Batismo da Dor”, lançado em 2019, eis que chega o EP “Homo Deus”, seu mais recente disco, lançado neste ano e acaba com esta premissa.

Sem exageros, o trabalho não supera de vez seu antecessor (lembrando que ainda teve o single “Idade das Trevas” de 2022 entre os trabalhos), porque os formatos não são iguais. Mas, guardadas as devidas proporções, há um esmero impressionante aqui, que faz com que a banda dê um passo ainda maior à frente com o disco.

Até “Niebla”, que é uma faixa instrumental e vem praticamente como uma introdução, é uma composição que mexe com os brios do ouvinte. Culminando na faixa título, temos aí a nitidez do processo evolutivo da Tormenta. “Homo Deus” traz um trabalho de guitarra versátil, alternância nos andamentos e quebradas espetaculares da cozinha. Com um tema que reflete a decadência da raça humana, a música mostra uma vertente mais atual da banda.

Em “Capela de Ossos”, faixa que reflete sobre vida e morte, e tem como inspiração a própria Capela de Ossos, localizada em Évora, cidade de Portugal, a Tormenta soa mais tradicional, mas não menos técnica. A melodia introspectiva da faixa é o destaque, assim como os riffs típicos do Thrash Metal e a velocidade da cozinha, não tão explorada na outra composição.

Destaque para a produção primorosa, com os timbres excelentes e equilíbrados, soando orgânico, porém moderno, da sonoridade do trabalho. Trabalho que é encerrado por “Réquiem”, que é um réquiem que complementa a profundidade melancólica do EP. “Homo Deus” sem dúvidas sobe o sarrafo da Tormenta, que em 25 anos de atividade se manteve em ascensão e continua! Um dos melhores trabalhos do Thrash nacional em 2023.

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