Top 5: álbuns que marcaram 1983

Os anos 80 foram tão importantes para o metal que suas referências até hoje são seguidas e grande parte das bandas que lançaram trabalhos na época ainda são capaz de lotar estádios e esgotar ingressos em poucos minutos. E se fazer listas é por si só uma tarefa complicada, escolher cinco álbuns que possam representar os principais lançamentos de 1983, beira quase uma tortura. Os anos 80 foi uma época em que o rock foi considerado supostamente morto, o hard rock tinha perdido a força e o punk já estava começando a ficar ultrapassado, e o New Wave of British Heavy Metal (ou NWOBHM para os íntimos) angariava fãs na Europa e esquentava os ouvidos mais antenados no resto do mundo. O ano de 1983 tiveram dois lançamentos que marcariam a criação de um novo estilo, surgiu quase como uma porrada nos ouvidos dos roqueiros de plantão, que ainda desejam secretamente ter uma banda. Foi certamente a prova de que tudo pode se transformar e seguir para uma outra fase, mais pesada, claro.

Metallica – Kill ‘Em All

Ao lançar o seu primeiro álbum, o Metallica não só realizou o sonho de James e Lars, mas fez uma declaração ao mundo. A mistura de influências musicais, personalidade de cada um, trabalho duro e a busca por se estabelecer num cenário não tão favorável para o som que eles estavam criando fizeram de Kill ‘Em All praticamente um manifesto. Independente das condições de gravação ou produção contestadas pelos músicos anos depois, tornou-se um marco do thrash metal. Segundo uma lista, produzida da Loudwire, com os melhores solos de baixo da história do metal. O primeiro lugar ficou com Cliff Burton na música ‘Anesthesia (Pulling Teeth)’.


Metallica – Kill ‘Em All
Data de Lançamento: 25/07/1983
Gravadora: Megaforce Records

Formação:
James Hetfield – Guitarra, Vocal
Lars Ulrich – Bateria
Kirk Hammett – Guitarra
Cliff Burton – Baixo

Faixas:
Hit the Lights, The Four Horsemen, Motorbreath, Jump In The Fire, (Anesthesia) – Pulling Teeth, Whiplash, Phantom Lord, No Remorse, Seek and Destroy, Metal Militia.

Slayer – Show No Mercy

Outra estreia de 1983 que marcou o thrash foi do Slayer. A proposta da banda era a de um som pesado e alguns elementos satânicos, inspiração em filmes de terror. O que é mais uma prova dos elementos que rondavam a cena na época, e o Slayer conseguiu sintetizar o que viriam a se tornar duas vertentes diferentes no mesmo álbum. A necessidade por uma resposta americana ao NWOBHM, ou mesmo como resultado da influência, não só musical como artística e cultural dos anos 80. Uma maneira de traduzir a rebeldia juvenil norte-americana em sons cada vez mais pesados e rápidos, dentro das influências do metal.


Slayer – Show No Mercy
Data de Lançamento: 03/11/1983
Gravadora: Metal Blade Records

Formação:
Tom Araya – Baixo/Vocal
Kerry King – Guitarra
Jeff Hanneman – Guitarra
Dave Lombardo – Bateria

Faixas:
Evil Has no Boundaries, The Antichrist, Die by the Sword, Fight till Death, Metal Storm/Face the Slayer, Black Magic, Tormentor, The Final Command, Cronics, Show no Mercy.

Mercyful Fate – Melissa

Outra estreia que viria a marcar o mundo do metal é Melissa. Com esse álbum os dinamarqueses do Mercyful Fate levaram a música pesada ao extremo, trazendo também muito forte os temas satânicos e o ocultismo. King Diamond mostrou ao mundo seus falsetes e deixou ali sua marca. Aqui mais uma vez os elementos do NWOBHM foram levados a outro nível, a ponto de se transformar em outra coisa. Melissa é a escuridão que guia os adeptos do metal extremo.


Mercyful Fate – Melissa
Data de Lançamento: 30/10/1983
Gravadora: Roadrunner Records

Formação:
King Diamond – vocal
Hank Shermann – guitarra
Michael Denner – guitarra
Timi “Grabber” Hansen – baixo
Kim Ruzz – bateria

Faixas:
Evil, Curse of the Pharaohs, Into the Coven, At the Sound of the Demon Bell, Black Funeral, Satan’s Fall, Melissa.

Quiet Riot – Metal Health

O primeiro álbum de heavy metal a ficar no primeiro lugar da Billboard merece com certeza um lugar nesta lista. Metal Health vendeu mais de seis milhões de cópias e ganhou três vezes platina. Este foi um feito incrível para a banda que não conseguiu emplacar o mesmo retorno nos seguintes trabalhos. Ainda que tenha sido uma experiência única, representou uma fagulha de esperança no coração de todos aqueles que estavam cansados de ouvir que o rock morreu e que heavy metal estava ultrapassado.


Quiet Riot – Metal Health
Data de Lançamento: 11/03/1983
Gravadora: Pasha

Formação:
Kevin Dubrow – vocal
Carlos Cavazo – guitarra
Rudy Sarzo – baixo
Frankie Banali – bateria

Faixas:
Metal Health (Bang Your Head), Cum On Feel the Noize, Don’t Wanna Let You Go, Slick Black Cadillac, Love’s a Bitch, Breathless, Run for Cover, Battle Axe, Let’s Get Crazy, Thunderbird.

Kiss – Lick It Up

Ainda que todo o cenário musical da época estava se formando em volta do metal mais pesado, o hard rock sempre contou com muitos fãs fieis. E o Kiss se consagrou mundialmente por conta do belo trabalho que fez ao longo dos anos. Mas Lick It Up foi marcante em uma nova fase da banda. Para se manter no topo das paradas, era preciso se reinventar, e com todas as bandas que surgiram daí é possível perceber uma linha um pouco mais realista, por assim dizer. O álbum apresentou um Kiss de cara limpa, por assim dizer, sem as tradicionais maquiagens. Vinnie Vincent assumiu de vez a guitarra e Eric Carr ficou com a bateria.


Kiss – Lick It Up
Data de Lançamento: 23/09/1983
Gravadora: Mercury Records

Formação:
Paul Stanley: guitarra e vocal;
Gene Simmons: baixo e vocal;
Vinnie Vincent: guitarra e backing vocal;
Eric Carr: bateria e backing vocal.

Faixas:
Exciter, Not For the Innocent, Lick It Up, Young And Wasted, Gimme More, All Hell’s Breakin’ Loose, A Million To One, Fits Like A Glove, Dance All Over Your Face, And On the 8th Day.

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