Top 5: Álbuns Que Marcaram 1982

Olá, amigos da Roadie Metal! Hoje vamos dar continuidade a esse quadro que visa eleger 5 trabalhos emblemáticos de um ano específico e fui designado para separar 5 pérolas lançadas no longínquo ano de 1982. Todo fã de Rock/Metal sabe bem que a década de oitenta por si só foi uma época extremamente prolífica para o entretenimento, principalmente para a música pesada mundial. Devo dizer que separar apenas 5 discos foi uma tarefa um tanto árdua, visto que poderia citar bem mais do que isso. Mesmo assim, sem mais delongas, vamos às minhas escolhas!

Iron Maiden – “The Number of the Beast”

Trocas de integrantes são sempre polêmicas e acarretam consequências para uma banda, principalmente de vocalistas, porém o Iron Maiden tirou a sorte grande quando o até então muito jovem Bruce Dickinson, que vinha da banda Samson se juntou a promissora Donzela de Ferro para substituir o vocalista anterior, Paul Di’Anno. A entrada de Dickinson foi extremamente bem sucedida, graças aos seus vocais poderosos e emblemáticos e fez do terceiro trabalho de estúdio do Maiden, o clássico “The Number of the Beast, um sucesso estrondoso. Faixas como “Run to the Hills”, “Hallowed Be Thy Name” e a faixa título se tornaram hits instantâneos da banda inglesa, mas certamente todas as demais composições merecem a devida atenção. Também é importante destacar que foi o último trabalho com o baterista Clive Burr (1957 – 2013).

Data de Lançamento: 22 de março de 1982
Gravadora: EMI

Faixas: “Invaders”, “Children of the Damned”, “The Prisoner”, “22 Acacia Avenue”, “The Number of the Beast”, “Run to the Hills, “Gangland” e “Hallowed Be Thy Name”

Formação:
Steve Harris – baixo e vocais de apoio
Dave Murray – guitarra
Bruce Dickinson – vocal
Clive Burr – bateria
Adrian Smith – guitarra e vocais de apoio

Kiss – “Creatures of the Night”

Após uma baixa com discos de pouca aceitação, como “Unmasked” (1980) e “Music from “The Elder” (1981), o Kiss decidiu revisitar as suas raízes Hard n’ Heavy com “Creatures of the Night”, o décimo álbum de estúdio do quarteto estadunidense. Certamente foi uma sábia decisão e isso proporcionou um registro de grande aceitação. Composições como “War Machine”, “I Love It Loud” e a faixa título se tornaram grandes clássicos não apenas desse álbum como da carreira da banda. No ano de 1983, durante a primeira passagem pelo Brasil com a turnê desse trabalho, o Kiss realizou 3 shows, passando pelas cidades de Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo. Na apresentação do RJ, a banda teve o seu maior público em um show, levando mais de 250 mil pessoas para o Maracanã. Também foi o último trabalho da banda com o guitarrista Ace Frehley antes da reunião anos mais tarde.

Data de Lançamento: 13 de outubro de 1982
Gravadora: Casablanca Records

Faixas: “Creatures of the Night”, “Saint And Sinner”, “Keep Me Comin'”, “Rock and Roll Hell”, “Danger”, “I Love It Loud”, “I Still Love You”, “Killer” e “War Machine”

Formação:
Gene Simmons – baixo, vocais principais e vocais de apoio
Paul Stanley – guitarra rítmica, vocais principais e vocais de apoio
Ace Frehley – guitarra solo (creditado, mas não gravou nenhuma música)
Eric Carr – bateria e vocal de apoio

Músicos Não Creditados:
Vinnie Vincent – guitarra solo em “Saint and Sinner”, “Keep Me Comin'”, “Killer”, “War *Machine” e vocal de apoio
Bob Kulick – guitarra solo em “Danger”
Robben Ford – guitarra solo em “Rock and Roll Hell” e “I Still Love You”
Adam Mitchell – guitarra rítmica em “Creatures of the Night”
Steve Farris – solo de guitarra em “Creatures of the Night”
Jimmy Haslip – baixo em “Danger”
Paul Stanley – solo de guitarra em “I Love it Loud”
Eric Carr – baixo em “I Still Love You”

Venom – “Black Metal”

Após o lançamento do clássico visceral “Welcome to Hell” (1981), o power trio inglês do Venom retornou com a sua segunda entrega, o igualmente clássico “Black Metal”. Trazendo uma capa tão emblemática quanto à do debut e um total de 11 faixas infernais, incluindo um preview de “At War with Satan’, faixa que seria a abertura do homônimo trabalho lançado em 1984, “Black Metal” é considerado um dos discos que mais influenciaria a cena de Metal Extremo que crescia mais e mais naquele período oitentista. Ainda que possua o título de “Black Metal”, a banda jamais executou essa sonoridade. Cronos e cia. sempre executaram um Metal sujo e cru calcado em Speed, Thrash e influências de Punk, ainda que a temática de muitas letras fossem obscuras e ocultistas. Independente disso, trata-se de um dos registros mais importantes não apenas da banda como do Metal.

Data de Lançamento: 1 de novembro de 1982
Gravadora: Neat Records

Faixas: “Black Metal”, “To Hell and Back”, “Buried Alive”, “Raise the Dead”, “Teacher’s Pet”, “Leave Me in Hell”, “Sacrifice”, “Heaven’s on Fire”, “Countess Bathory”, “Don’t Burn the Witch” e “At War with Satan (Preview)”

Formação:
Cronos – vocal e baixo
Mantas – guitarra
Abaddon – bateria

Bad Brains – “Bad Brains”

O Hardcore Punk, assim como o Metal, possui uma leva de ícones importantíssimos e certamente um desses grandes nomes nos anos oitenta foi o Bad Brains, banda oriunda de Washington, DC (EUA). “Bad Brains”, o auto-intitulado álbum de estreia do quarteto, é um clássico em todas as proporções e formas. Dono de uma capa extremamente icônica e que se tornou referência do Hardcore e colecionando hits emblemáticos como “Attitude”, “The Regulator”, “Banned in D.C.”, “Supertouch/Shitfit”, “Big Take Over”, “Pay to Cum”, “Right Brigade” e claro, “Sailin’ On”, trata-se de uma das obras primas mais irrepreensíveis do gênero, trazendo uma viajante, hipnótica e monstruosa fusão de Reggae com Hardcore Punk, algo até então inédito e totalmente revolucionário.

Data de Lançamento: 5 de fevereiro de 1982
Gravadora: ROIR

Faixas: “Sailin’ On”, “Don’t Need It”, “Attitude”, “The Regulator”, “Banned in D.C.”, “Jah Calling”, “Supertouch/Shitfit”, “Leaving Babylon”, “F.V.K. (Fearless Vampire Killers)”, “I”, “Big Take Over”, “Pay to Cum”, “Right Brigade”, “I Luv I Jah” e “Intro”

Formação:
H.R. – vocal
Dr. Know – guitarra
Darryl Jenifer – baixo
Earl Hudson – bateria

Discharge – “Hear Nothing, See Nothing, Say Nothing”

Nos anos oitenta, a música extrema estava crescendo cada vez mais e essa evolução sonora repercutiu não apenas no Metal, como também no Hardcore Punk. “Hear Nothing, See Nothing, Say Nothing” é o álbum de estreia dos ingleses do Discharge e é, disparado, o melhor e mais importante trabalho já lançado pela banda. Dono de uma capa novamente icônica, bem como de um título mordaz e recheado de letras com temática anti-guerra e recheadas de críticas sócio-políticas, o disco foi revolucionário em uma série de aspectos, incluindo riffs sujos, completamente viscerais e velozes, vocais berrados e contundentes, além de uma levada de bateria que se tornaria conhecida à partir daí como “D-Beat”, e influenciaria diversos outros gêneros dali por diante, como o Thrash Metal, algumas bandas de Death Metal, Black Metal, Crust Punk e Grindcore.

Data de Lançamento: 21 de maio de 1982
Gravadora: Clay

Faixas: “Hear Nothing See Nothing Say Nothing”, “The Nightmare Continues”, “The Final Blood Bath”, “Protest and Survive”, “I Won’t Subscribe”, “Drunk With Power”, “Meanwhile”, “A Hell on Earth”, “Cries of Help”, “The Possibility of Life’s Destruction”, “Q: And Children? A: And Children”, “The Blood Runs Red”, “Free Speech for the Dumb” e “The End”

Formação:
Cal – vocal
Bones – guitarra e vocal de apoio
Rainy – baixo
Garry Maloney – bateria

Para finalizar, 1982 foi um ano de puro destaque para a música pesada mundial e para deixar a matéria um pouco mais completa, deixo aqui algumas menções honrosas de altíssima qualidade. Espero que tenham apreciado a matéria e até a próxima, galera!

Menções Honrosas:
The Clash – “Combat Rock”
Misfits – “Walk Among Us”
Accept – “Restless and Wild”
Scorpions – “Blackout”
Descendents – “Milo Goes to College”

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