Por Alexandre Temoteo

Contra fatos não há argumentos. Os anos 70 foram uma década onde muita coisa considerada clássica hoje em dia surgiu naqueles longínquos anos. E sem dúvidas um dos anos mais marcantes foi o de 1975. Foi tanto lançamento acima da média que confesso ter escolhido apenas 5 trabalhos. Mas o desafio foi aceito, e vamos conferir o que de melhor aconteceu naquele ano.

Scorpions – In Trance

Em seu terceiro álbum, o Scorpions já trouxe uma nova proposta musical, deixando de lado o progressivo dos trabalhos anteriores e apostando numa direção mais Hard Rock. De certo modo, arrisco dizer que ali se encontra o embrião da direção que a banda seguiria (e faria muito sucesso) na década seguinte. Exemplo claro disso é a faixa título, uma balada poderosa, marca registrada do Scorpions, e que já ali em 1975 denunciava o que viria mais adiante.


Scorpions – In Trance
Data de Lançamento: 17 de setembro de 1975
Gravadora: RCA Records

Formação:
Klaus Meine (vocal);
Ulrich Roth (guitarra, backing vocal e vocal – 01 & 08);
Rudolf Schenker (guitarra, backing vocal);
Francis Buchholz (baixo, backing vocal);
Rudy Lenners (bateria)

Faixas: “Dark Lady”, “In Trance”, “Life’s Like a River”, “Top of The Bill”, “Living & Dying”, “Robot Man”, “Evening Wind”, “Sun in My Hand”, “Longing For Fire”, “Night Lights (Instrumental)”

Nazareth – Hair of the Dog

Em 1975 já podíamos considerar o Nazareth uma banda veterana, haja vista que estavam lançando já seu sexto álbum. Foi até então o maior sucesso comercial do grupo escocês, tendo vendido algo em torno de três milhões de cópias em todo o mundo. Parte desse sucesso pode (e deve) ser creditado a aquele que é talvez o maior hit da banda, e que curiosamente não é uma música do Nazareth. Sim, “Love Hurts” trata-se de um cover do The Everly Brothers, fato esse claro e óbvio que não desmerece o conjunto da obra.


Nazareth – Hair of the Dog
Data de Lançamento: abril de 1975
Gravadora: Vertigo Records

Formação:
Dan McCafferty (vocais principais e talk box na faixa “Hair of the Dog”);
Manny Charlton (guitarra, sintetizador);
Pete Agnew (baixo, backing vocals);
Darrell Sweet (bateria, backing vocals)

Faixas: “Hair of the Dog”, “Miss Misery”, “Guilty”, “Changin Times”, “Beggars Day”, “Rose in the Heather”, “Whiskey Drinkin Woman”, “Please Don t Judas Me”.

Pink Floyd – Wish You Were Here

Depois do estrondoso sucesso de “The Dark Side of the Moon” poderia o Pink Floyd trazer um sucessor à altura? Há quem diga que sim, e esse resultado veio com “Wish You Were Here”. Após numerosas sessões de gravação no Abbey Road Studios, o álbum chegava nas prateleiras em setembro daquele ano, trazendo um conteúdo lírico bem rico abordando temas como solidão, a indústria fonográfica e até mesmo o estado mental de Syd Barret. Só nos Estados Unidos o disco vendeu algo em torno de seis milhões de cópias. David Gilmour e Richard Wright já declararam inclusive que “Wish You Were Here” é o álbum favorito do Pink Floyd para eles.


Pink Floyd – Wish You Were Here
Data de Lançamento: 12 de setembro de 1975
Gravadora: Columbia

Formação:
David Gilmour (Vocal, Guitarra, Teclado);
Roger Waters (Vocal, Baixo, Guitarra);
Richard Wright (Teclado, Backing Vocals);
Nick Mason (Bateria, Percussão)

Faixas: “Shine On You Crazy Diamond (Parts I–V)”, “ Welcome to the Machine”, “Have a Cigar”, “Wish You Were Here”, “Shine On You Crazy Diamond (Parts VI–IX)”.

Led Zeppelin – Physical Graffiti

Para se ter uma ideia do sucesso de crítica de Physical Graffiti, sexto álbum do Led Zeppelin, após seu lançamento todos os outros discos da banda voltaram ao Top 200 de álbuns mais ouvidos daquele ano. Afinal de contas, temos aqui o auge dos músicos no que se diz respeito a criatividade e técnica. Um aspecto muito interessante desse álbum é a forma a qual as músicas parecem se encaixar na ordem em que são tocadas. O que surpreende mais ainda é o fato das canções terem sido gravadas durante um período de quatro anos em estúdios diferentes.


Led Zeppelin – Physical Graffiti
Data de Lançamento: 24 de fevereiro de 1975
Gravadora: Swan Song Records

Formação:
Robert Plant (vocal, harmônica);
Jimmy Page (violões, guitarras, pedal steel guitar e produtor);
John Paul Jones (órgão, baixo, piano e sintetizadores);
John Bonham (bateria) e percussão).

Faixas: “Custard Pie”, “The Rover”, “In My Time of Dying”, “Houses of The Holy”, “Trampled Under Foot”, “Kashmir”, “In The Light”, “Bron-Yr-Aur”, “Down By The Seaside”, “Ten Years Gone”, “Night Flight”, “The Wanton Song”, “Boogie With Stu”, “Black Country Woman”, “Sick Again”.

Queen – A Night at the Opera

O que falar de um álbum que traz “Love of My Live” e “Bohemian Rhapsody”, dois dos maiores clássicos da música? Em minha humildade, penso que qualquer adjetivo positivo que eu fale sobre esse majestoso trabalho do Queen seja chover no molhado. Se hoje, 45 anos depois, a obra ainda causa espanto devido à qualidade, imaginem na época. Assim que foi lançado, “A Night at the Opera” foi direto no topo da UK Albums Chart, do Reino Unido, e chegou ao quarto lugar na Billboard 200 dos Estados Unidos, sendo o disco que levou o Queen a atingir popularidade mundial e a se consagrar no mundo da música. O disco também foi um sucesso de crítica, frequentemente apontado como um dos melhores discos da música em geral, tendo vendido mais de cinco milhões de cópias nos anos 70, um número impressionante para os mercados da época.


Queen – A Night at the Opera
Data de Lançamento: 21 de novembro de 1975
Gravadora: Virgin EMI Records

Formação:
Freddie Mercury (vocal e piano);
Brian May (violão, guitarra, koto, ukelele, harpa e vocal);
Roger Taylor (bateria, gongo, tímpano, pandeiro, vocal e efeitos de guitarra);
John Deacon (baixo, contrabaixo e piano).

Faixas: “Death On Two Legs (Dedicated To…)”, “Lazing On A Sunday Afternoon”, “I’m In Love With My Car”, “You’re My Best Friend”, “’39”, “Sweet Lady”, 7. Seaside Rendezvous”, “The Prophet’s Song”, “Love Of My Life”, “Good Company”, “Bohemian Rhapsody”, “God Save The Queen”.
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