1973 foi uma safra boa para discos. Bandas que já eram clássicos cravaram ainda mais fundo seu nome na história do rock. Neste ano, surgiram alguns trabalhos mais complexos, elaborados e que se tornaram importantes e influentes para as próximas gerações. A quantidade de discos lançados é bem maior do que os entraram nesta lista. Diversos artistas se reinventaram e alçaram novas posições na história. Enfim, tudo isso para dizer que a lista é curta, mas a contribuição deste ano foi imensa.
1. Pink Floyd – The Dark Side of the Moon
É impossível não começar essa lista falando desse disco do Pink Floyd. Ele é tão icônico que segundo a Rolling Stone, ele está no quarto lugar dos discos que mais venderam aos longo dos anos, com 45 milhões de cópias. Ainda segundo a revista, “The Dark Side of The Moon” está na lista da Billboard há 18 anos. Ele foi gravado no Abbey Road Studios, em Londres, entre maio de 1972 e janeiro de 1973. Este mês, completa 47 anos de seu lançamento, o álbum é cheio de significados e fala de um monte de assunto que permeia questões humanas, como o dinheiro, os conflitos armados, a loucura, a existência e a morte. Foi o primeiro disco que o Roger Waters assinou como compositor solos.
Pink Floyd – The Dark Side of the Moon
Data de Lançamento: 01/03/1973
Gravadora: Capitol Records
Formação:
David Gilmour (Vocal, Guitarra);
Roger Waters (Baixo, Vocal);
Richard Wright (Teclado, Piano, Vocal);
Nick Mason (Bateria, Percussão).
Faixas: “Speak to Me”, “Breathe (In The Air)”, “On the Run”, “Time (Breathe reprise)”, “The Great Gig in the Sky”, “Money”, “Us an Them”, “Any Colour You Like”, “Brain Damage”, “Eclipse”. |
2. Black Sabbath – Sabbath Bloody Sabbath
Outro disco que não pode faltar nesta lista é o quinto álbum do Black Sabbath. É um clássico que influenciou toda uma geração, e gerações depois dela. O curioso desse disco é que Tony Iommi achou que tinha perdido seu poder de criação, mas após os primeiros riffs de Sabbath Bloody Sabbath, ele soube que tinha algo muito poderoso ali. Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward se fecharam no Clearwell Castle, na Floresta de Dean no sudoeste da Inglaterra, em Gloucestershire. Reza a lenda que o castelo era amaldiçoado e que eles viram coisas estranhas por lá. Mas também, pode ser só para alavancar as vendas dos discos. Não que precise. Ele foi gravado no Morgan Studios, em Londres, em setembro de 1973. Rick Wakeman, o tecladista do Yes, participou das gravações em algumas músicas.
Black Sabbath – Sabbath Bloody Sabbath
Data de Lançamento: 01/12/1973
Gravadora: WWA Records
Formação:
Ozzy Osbourne (vocal, sintetizadores);
Tony Iommi (guitarra, piano, sintetizadores, órgão, flauta);
Geezer Butler (baixo, sintetizadores, mellotron);
Bill Ward (bateria, tímpano, bongos em “Sabbath Bloody Sabbath”).
Faixas: “Sabbath Bloody Sabbath”, “A National Acrobat”, “Fluff”, “Sabbra Cadabra”, “Killing Yourself To Live”, “Who Are you?”, “Looking For Today”, “Spiral Architect”. |
3. ZZ Top – Tres Hombres
Considerado um dos melhores álbuns do ZZ Top, “Tres Hombres” foi lançado em 26 de julho de 1973. Foi com este disco, que o trio saiu dos inferninhos para o mainstream. Muito disso se deve a “La Grange”. A música atingiu um outro patamar e marcou história a ponto de a Rolling Stone a colocar na 74ª posição das 100 melhores canções de guitarra de todos os tempos. Também pudera, foi a primeira música a conter os harmônicos de Gibbons, que viria a se tornar sua marca registrada. A gravação de “Tres Hombres” aconteceu no Tennesse, em Memphis, no Ardent Studios.
ZZ Top – Tres Hombres
Data de Lançamento: 26/07/1973
Gravadora: London Records
Formação:
Billy Gibbons – Guitarra, Vocal
Dusty Hill – Baixo, Teclados
Frank Beard – Bateria, Percussão
Faixas: “Waitin’ for the Bus”, “Jesus Just Left Chicago”, “Beer Drinkers & Hell Raisers”, “Master of Sparks”, “Hot, Blue and Righteous”, “Move Me on Down the Line”, “Precious and Grace”, “La Grange”, “Sheik”, “Have You Heard?” |
4. Led Zeppelin – Houses of the Holy
“Houses of the Holy” talvez não seja o melhor disco do Led Zeppelin, mas ainda assim é Led Zeppelin. Na visão de Robert Plant foi um disco muito inspirado. Ele disse em uma entrevista, em 1991, que “Houses of Holi foi um período muito inspirado. Havia muita imaginação naquele álbum”. A verdade é que se for pensar que um de seus hits flerta com o reggae e deu certo, então estamos no caminho. Há quem defenda ainda que esse disco apresenta um Led Zeppelin mais maduro, complexo e novas influências musicais.
Led Zeppelin – Houses of the Holy
Data de Lançamento: 28/03/1973
Gravadora: Atlantic Records
Formação:
Robert Plant (vocal/gaita);
Jimmy Page (violões/guitarras/guitarra de aço com pedais/vocal de apoio);
John Paul Jones (Órgão/baixo/vocais/teclado/sintetizadores);
John Bonham (bateria/vocal de apoio).
Faixas: “The Song Remains The Same”, “The Rain Song”, “Over The Hills and Far Away”, “The Crunge”, “Dancing Days”, “D’yer Mak’er”, “No Quarter”, “The Ocean”. |
5. The Stooges – Raw Power
The Stooges tinha perdido seu contrato com a Elektra e estavam acabados quando foram salvos por ninguém menos que David Bowie. Quer dizer, ele conseguiu um contrato para o Iggy Pop em Londres que, no fim das contas, acabou levando a banda para gravar, mas com algumas mudanças. Começando pelo nome que ficou “Iggy Pop and The Stooges”, e James Williamson nas guitarras, no lugar de Ron Asheton que ficou com o baixo. “Raw Power” é um dos melhores álbuns da banda e se tornou referência para quem queria fazer um som mais cru e agressivo.
The Stooges – Raw Power
Data de Lançamento: 07/02/1973
Gravadora: Columbia
Formação:
Iggy Pop – vocal
James Williamson – guitarra
Ron Asheton – baixo
Scott Asheton – bateria
Faixas: “Search And Destroy”, “Gimme Danger”, “Your Pretty Face Is Going To Hell” (originally “Hard To Beat”), “Penetration”, “Raw Power”, “I Need Somebody”, “Shake Appeal”, “Death Trip”. |