1971 começou numa sexta-feira e foi o ano em que surgiu o primeiro microprocessador, o cantor Louis Armstrong faleceu, Apollo 14 pousou na lua e Pelé se despediu da camisa brasileira. “Imagine” marcou a carreira de John Lennon (ainda mais!), a população mundial e todo e qualquer momento em que a humanidade precisa de união das pessoas. Mas esse top 5 de hoje não é sobre nada disso. É sobre clássicos que marcaram o ano e selecionar cinco eleitos é uma das coisas mais difíceis de se fazer por aqui. (E fica aqui o convite para o leitor citar seu top 5 de 71 nos comentários.) Além dos álbuns que já foram escolhidos na parte 1 (que você pode conferir aqui: http://roadie-metal.com/top-5-albuns-que-marcaram-1971/), quais álbuns mereciam ser citados nessa pequena lupa do TOP 5? Selecionei duas mulheres: uma super conhecida e outra não tão famosa, mas que deveria. Escolhi uma banda super clássica com um álbum que divide opiniões, uma banda clássica e um disco igualmente clássico e um que pode até causar discórdia. Vamos aos eleitos:
Jethro Tull – “Aqualung”

Como passar por 1971 sem citar “Aqualung”? O álbum carrega a música homônima que até hoje está na lista de todos os shows. Além disso, o disco foi citado por vários artistas como inspiração e cabe como uma luva na hora de definir um som característico dos anos 70. O quarto álbum do Jethro Tull, lançado em 19 de março, ficou na sétima posição da Billboard.
Janis Joplin – “Pearl”

O último registro da rainha Janis Joplin merece sim entrar nessa lista. “Pearl” foi lançado três meses após sua morte, e mostra uma cantora mais madura, que coloca sua mão no experimentalismo, com uma certeza de quem sabe o que faz. A pérola foi lançada no dia 11 de janeiro e tem clássicos que fazem sucesso até hoje como “Cry Baby”, “Mercedez Bens” e “Me and Bobby McGee”. Janis deixou um último presente aos fãs de sua voz maravilhosa.
Os Mutantes – “Jardim Elétrico”

Difícil falar em rock brasileiro e não falar de Os Mutantes. O quarto disco da banda surgiu em março de 1971, com “El Justiciero”, “It´s Very Nice pra Xuxu”, “Virgínia” e “Baby”, clássicos que são ouvidos até hoje, muitas vezes regravados por outros artistas. Ele está na lista da Rolling Stone Brasil como um dos 100 maiores discos da música brasileira.
Joni Mitchell – “Blue”

O disco intimista de Joni Mitchell não é dos mais conhecidos, mas a sua qualidade o torna inesquecível para quem já o ouviu. “Blue” foi considerado pelo The New York Times como um dos 25 álbuns que marcaram a música do século 20 e, já que estamos falando de listas, a Rolling Stone o citou duas vezes, uma como o segundo melhor disco feminino da história e outra como um dos melhores discos de todos os tempos. “ ‘Blue’ foi um momento decisivo de muitas maneiras. No Blue, quase não há uma nota desonesta nos vocais. Naquela época da minha vida, não possuía defesas pessoais. Me sentia como papel celofane num maço de cigarros. Sentia como se não tivesse segredos do mundo, e não pudesse fingir que minha vida era forte. Mas a vantagem disso na música era de que não havia defesas ali também”., disse a cantora em entrevista.
Deep Purple – “Fireball”

Um dos favoritos de Ian Gillan, “Fireball” não é dos preferidos da crítica, (e nem do Blackmore) mesmo que tenha alcançado os top charts belgas, alemães, suecos, noruegueses, dinamarqueses, afinal Deep Purple fez por merecer sua fama ao longo do tempo e seu nome na história do rock. “Fireball” traz elementos dos anos 70, com um peso e uma rapidez interessante, experimentalismo e maturidade.