O lançamento de “Versions Of The Truth”, do The Pineapple Thief, denota de muitas maneiras ser um produto dos tempos “tumultuados” que nós vivemos atualmente em razão da pandemia mundial. O álbum atinge uma vibração ligeiramente misteriosa e melancólica, produzindo tons de tristeza, amargura e luta pela auto-recuperação. Grande parte do mundo está se sentindo reprimido pelo medo, desinformação e a ameaça de violência. E o conteúdo lírico se aprofunda neste estado, explorando os danos que ocorrem quando relacionamentos se desintegram, as perspectivas divergem e a verdade é obscurecida.
De acordo com o comunicado à imprensa, a banda britânica estava intencionalmente tentando não se reinventar em seu poderoso prog-metal de outrora, e certamente conseguiu não ser redundante em relação aos dois lançamentos anteriores. Foi adotada uma abordagem mais direta neste álbum e menos expansiva sonoramente. Os vocais de Bruce Soord estão tendendo mais para o emocional contido do que para a imponência. Seu jeito de tocar guitarra também chega em níveis mais contemplativos. E o processo de composição mudou para uma paisagem mais sombria do que suas antecessoras. Vale destacar também o excelente trabalho do baterista Gavin Harrison. Complementam a banda, Jon Sykes na guitarra, Steve Kitch nos teclados e George Marios nas guitarras.
O trabalho da capa também é enigmático, utilizando uma gravura do falecido artista alemão Michael Schoenholtz , que traz uma série abstrata de formas provocando uma sensação de confusão, sugerindo um labirinto que não pode ser resolvido e deixar o espectador aberto para interpretações diferentes, dando a cada indivíduo a oportunidade de ver sua própria “Versions Of The Truth”. Abaixo o novo álbum do The Pineapple Thief, disponibilizado na íntegra: