Phanerozoic II: Mesozoic”, o novo álbum do colectivo berlinense The Ocean, tem tido percepções que impressionam. Está sendo comparada a incisiva estreia de “On the Sunday of Life” (1992) do Porcupine Tree, de Steven Wilson, e isso definitivamente não é pouca coisa… É um álbum conceitual com precedentes de grande imersão. O conteúdo abrangido abarca as áreas da Pré-História e da geologia, com incidência no período Mesozóico: era geológica (há aproximadamente entre 250 e 65 milhões de anos) que sucede o Paleozóico e precede o Cenozóico e que inclui o Cretácico, o Jurássico e o Triásico, caracterizada pelo domínio dos répteis e pelo aparecimento das aves e dos mamíferos didelfos. Parece complicado, não é?
Acrescente-se-lhe ainda a teoria do eterno retorno na filosofia de Nietzsche, o “omen” apocalíptico da extinção do planeta por causas naturais, e a ambiência de “Melancholia” do realizador Lars Von Trier, e teremos uma ideia mais completa sobre o que se espera: uma banda sonora para a nova metamorfose ou a morte anunciada do planeta tal como o conhecemos, numa viagem em espiral pelo caldeirão atmosférico do rock progressivo. Além do líder Robin Stabs, o colectivo apresenta nesta gravação Paul Seidel (bateria), o maestro dos teclados Peter Voigtmann, Mattias Hägerstrand (baixo), David Ramis Ahfeldt (guitarra) e o vocalista Loïc Rossetti. O álbum gravado entre Alemanha, Espanha e Islândia, produzido pelo guru Jens Bogren, conta ainda com as participações de peso de Jonas Renkse, vocalista dos Katatonia, no magistral e épico “Jurassic | Cretaceous”, e de Tomas Hallbom, vocalista dos suecos do Breach, uma presença já habitual na discografia do The Ocean. Abaixo o intrínseco, mas fascinante conceito de “Phanerozoic II: Mesozoic | Cenozoic”, disponibilizado na íntegra:
Fonte: site Metalhammer