Temos aqui uma banda de metal extremo que compõe a cena estadunidense, mais precisamente de Orange County, Califórnia. The End Is Near possui qualidades que podem arremessá-la a um bom posto no que se propõe a fazer. Embora em sua formação não possua um baixista, Chris Hagen (vocais), Tim Baker (guitarrista) e Nick Rickenbach (baterista) descem a mão no quesito peso desde o seu primeiro single “The Void” de 2024. hoje, com o single “Executioner” lançado, o trio poderoso de metalcore confirma a sua qualidade que envolve não apenas o peso, mas também a agressividade e alguns traços de melodia.
Além de ser um bom lançamento, “Executioner” funciona como prenúncio do primeiro EP da banda que chegará para marcar ainda mais um repertório cheio de ataques enfervecedores. Não é surpresa que em um grupo como esse, assuntos relacionados ao falso moralismo, consumismo, hipocrisia etc sejam esteiras para vários outros. The End Is Near pega isso e transforma em arte para que seus ouvintes se sintam representados e respeitados. O impacto ressoa em todas as partículas de “Executioner”, a começar pela capa tenebrosa e a produção que evidencia o peso da guitarra em bom tom. Aliás, o guitarrista é o produtor da banda.
A título de mais informação, “Executioner” será também o nome do EP que está – por enquanto – em “banho-maria”. A partir disso, e segundo o que essa turma já lançou, podemos esperar um trabalho impactante, infernal e impiedoso. Infelizmente não sabemos se em estúdio ouve a adição de um baixo, a certeza que temos é que os riffs dessa canção são tão pesados quanto um soco de uma tonelada. Isso é fruto de uma afinação baixa e execuções aplicadas aos breakdowns e outras técnicas. Música sem solo, afinal suas influências partem do hardcore, a timbragem da guitarra arrepia até o último cabelo.
Falando de cozinha, aqui representada unicamente por Rickenbach, nota-se uma pegada mais voltada ao peso, deixando de lado a velocidade. Assim como os riffs ditam o ritmo, o andamento da bateria segue fiel ao contexto, embora técnicas versáteis nos pedais duplos corroborem também para a identidade da banda. Na mesma moeda, sobe o ódio de Hagen com sua garganta poderosa e gutural. Sem alternância de vocais limpos, como muitas bandas de metalcore adotam, Hagen desce a porrada sem pena nas frases de efeito e nos gestos agressivos. Em resumo, eis aqui um trio sintonizado em seu propósito.
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