O The Dawn Razor é uma banda que conta com um intregrante fixo e uma mente pensante, mas não é exatamente uma ‘one-man-band’. Sim, porque o vocalista e guitarrista Sylvain Spanu, é o mentor, mas não trabalha pelo seu ego e sim por conta de todo o contexto musical.
O projeto foi fundado em Paris, na França (não diga!?), pelo próprio Spanu em 2017. Já em 2018 lançou um debut, “Renaissances”, e desde 2024 vem divulgando o segundo disco “In Sublime Presence”, que mostra o grupo um pouco mais decidido em sua proposta, que consistente em beliscar cada faceta do metal extremo e transformar em sua personalidade.
O resultado, num geral, é uma banda que traz um thrash metal moderno, com toques claros de progressivo, mas onde o ouvinte mais atento irá encontrar elementos até mesmo do death metal e black metal, porém como complementos e não um mote definitivo.
Liricamente inteligente, o The Dawn Razor se inspira nas ideias e pinturas do movimento sublime da era romântica. Mas, a banda não cria um conceito apenas, tendo temáticas variadas, que vão de metáforas, desabafos e reflexões da vida, sempre casando bem com o instrumental que, convenhamos, exige certa agressividade nas palavras.
Falemos inicialmente dos dois singles prévios, sendo que um deles abre o disco. Trata-se de “Point Nemo”, que é uma bela abertura e resume um pouco da proposta. Com riffs dinâmicos de guitarras, além de uma cozinha que explora o bumbo duplo sem parcimônias, a faixa é daquelas agressivas no verso e que cai em melodias no refrão, vivendo um contexto bem atual.
“The Wooden Idol”, apesar de manter a dinâmica e a melodia, incorpora elementos claros do death metal e partes cadenciadas dignas do black metal noventista, mas sem deixar a técnica de lado, que é um dos fatores que caracterizam bem a sonoridade da banda.
Claro, duas faixas não são suficientes para resumir um disco de dez composições, logo ouvir a brutal e com leve groove “Refuse Tomorrow”, “Chiaroscuro Italiano” (que ganhou um videoclipe) e “Tropical Survival” também entram no pacote das que chamam atenção.
Mas, ainda temos que fazer uma menção honrosa a “Pico da Neblina”, que além desse nome curioso, que pode ser inspirado no ponto mais alto do Brasil, encerra o disco com um instrumental maravilhoso, contando com um violino conduzindo a melodia. Um trabalho que mostra uma banda madura e que pode dar ainda mais frutos. Tomara que façam shows!
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