Quem me acompanha sabe do apreço, que já descrevi em outras linhas, pelo rock português que cultivo. Pois ao saber que o The Bateleurs vem da capital Lisboa, a expectativa aumentou. Mas, antes de destrinchar esse seu mais novo disco, é bom avisarmos que estamos diante de uma banda que prima mais pelo rock global.
Sim, porque as bandas portuguesas muitas vezes trazem um DNA próprio, que acaba sendo semelhante à nossa propriedade com o rock nacional. Mas, ao menos em seu mais novo disco, este “A Ligh In The Darkness”, eles soam universais, influenciados pelo rock clássico e blues, mas sem fechar seu leque.
E, antes de chegar ao disco, a banda passou por uma grande mudança na formação, com a saída do guitarrista Marco Reis e a entrada de Ricardo Galrão para ocupar o seu lugar. Nada que um grupo de rock não viva e sempre acaba servindo como um frescor, afinal são novas influências para o árduo trabalho que isso requer. Completam o time Sandrine Orsini na voz, Ricardo Dikk no baixo, além do baterista Rui Reis.
O álbum foi gravado em janeiro/fevereiro de 2025, com as sessões divididas em três estúdios diferentes. A banda alcançou, nas 10 magníficas faixas, uma sonoridade orgânica e unicidade nos timbres, o que colabora muito com a proposta, além de deixar tudo mais equilibrado.
Falando em equilíbrio, tente não se comover com este repertório magistral, onde uma música soa melhor que a outra e a cada audição elegemos nossas preferidas. A começar por “Fall To See”, a terceira faixa com um groove magistral e um show vocal de Sarine, provando porque foi um dos singles prévios (o outro foi a faixa de abertura “A Price For My Soul”).
Não podemos deixar de lado o épico psicodélico “The Lighthouse”, que mostra a versatilidade da banda em seus quase oito minutos. Em meio a momentos brandos e limpos, eis que inserem uma agressividade extra, que exalta, mais uma vez, os vocais de Sandrine.
Se você conseguiu sobreviver a ode ao rock clássico e suas facetas de “The Lighthouse”, ouça ainda a power ballad “Gardens of Babylon”, com seus backings vocals advindos do soul, além de “Before The Mourning Is Done”, que fecha o disco com uma veia folk e celta, provando ainda mais o quanto eles são expansivos. No mais, além de um disco excelente, temos uma cantora aqui que obrigamos a estar no topo, porque ela é demais!
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