A THC Produções, a mais nova produtora de eventos do Rio de Janeiro, formada pelos sócios Eduardo Chamarelli, natural de Resende e um dos pioneiros na cena metal do sul fluminense, atuando desde 1996, Marcio Barroso, carioca, novo na cena e se diz “arrastado” para essa loucura por seus dois colegas, e Themys Barros, carioca, guitarrista da banda Eros, uma das mais importantes da cena carioca no final dos anos 80, já atuou como produtor e trouxe ao Brasil, pela primeira vez na década de 90, bandas como Kreator e Morbid Angel, anunciou oficialmente esta semana sua associação como editora com a Som Livre, uma das empresas gigantes na música nacional.
A novidade surpreendeu muitos, pois segue uma linha musical diferente da adotada pela Som Livre, mas mostra que essa galera nova na cena carioca não está de brincadeira e vem para levar os estilos ligados ao rock a um novo patamar não só na cidade, mas no pais todo.
A maior prova dessa audácia foi o Rio Rock Festival 2016 – Edição Hell In Rio que aconteceu nos dias 05 e 06 de novembro, no Terreirão do Samba, onde as melhores bandas do Rock e Metal nacional mostraram sua força.
A iniciativa deste projeto entra para a história do rock nacional e coloca a THC Produções em destaque não apenas por conta do local onde ocorreu, mas também porque foi lançado através das redes sociais uma pesquisa com o público alvo do projeto perguntando inicialmente quais as bandas nacionais que o público gostaria de assistir nos palcos de um festival no Rio de Janeiro.
Houve mais de 20 mil participações onde foram sugeridas mais de 200 bandas, e destas sugestões a produtora iniciou as negociações com as bandas e começou a formar o cast do evento. Foi perguntado qual seria o valor justo para um festival com aquelas bandas nacionais sugeridas, o menor valor sugerido foi adotado como preço médio do festival. Comida e bebida tiveram preços populares, indo na contramão de outros festivais, e as barracas do evento foram cedidas a entidades ligadas a cultura do samba, através da Associação de Barraqueiros do Terreirão do Samba.
Isso sem falar que foi a primeira vez que a prefeitura do Rio de Janeiro apoiou de forma direta um evento do estilo. Ações inovadoras e inéditas na produção carioca voltada ao rock, e que trouxeram 17 das maiores bandas do Brasil ao projeto, dentre elas nomes consagrados com Sepultura, Angra, Matanza, Alamh, Korzus, Velhas Virgens, Garotos Podres, Oitão, entre outras.
O tamanho dos projetos pode remeter a uma produtora gigante, com grana para investir em seus projetos, mas os produtores mostram outra realidade: “Estamos nascendo e a produtora fez os projetos com a ajuda de parceiros, patrocinadores, investidores. Neste cenário rock do Rio de Janeiro as pessoas que atuam estão acomodadas e não buscam novos caminhos, tem preguiça de correr atrás para viabilizar os projetos. Nós queremos ser grandes e trabalhamos muito para isso. Não tem vida fácil, principalmente no rock… estamos aí pra correr atrás e fazer as coisas acontecerem”, explica Themys Barros.
Depois destes projetos surgiu a notícia da associação da THC Produções com a Som Livre, produtora que desde 1969 atua no mercado como um “braço” da Rede Globo. Como se trata de uma produtora voltada para o rock e o metal, inclusive os estilos mais extremos como o hardcore, death, black e thash, essa associação chamou a atenção para a THC, que deixa claro que veio para revolucionar o mercado.
O produtor Eduardo Chamarelli explica este processo: “Nossas primeiras conversas se deram por conta do ramo Ao Vivo, onde buscamos novos caminhos para projetos como o próprio Hell in Rio e outros em construção. Este primeiro contrato que fechamos é em torno da Editora, onde trabalharemos o recolhimento dos direitos autorais dos artistas.
Importante frisar isso porque muitas bandas tem nos procurado para produzi-los, ou para atuarmos como selo, gravadora, assessoria de imprensa, distribuidora, etc. Por hora não estamos atuando nestes ramos, apesar da empresa estar legalizada para isso, pois queremos estruturar de forma profissional o Ao Vivo da THC e agora ampliar a atuação como Editora, trazendo artistas e bandas para nosso cast, sendo coeditora da som livre.
Isso nunca se deu no rock e muito menos no metal nacional, já que as bandas nacionais do estilo nunca tiveram uma estrutura dessa a sua disposição, e as “gringas” poucas tem com eficiência. Vamos mudar isso com esta parceria. A Som Livre tem uma das maiores estruturas no mundo para efetivar esta captação e isso ajuda demais as bandas a se capitalizar. Enquanto isso a THC logicamente irá trabalhar para veicular a música de seus associados o máximo possível onde for viável para gerar mais direitos de recolhimento”.
A produtora carioca está agora finalizando a pós-produção do Hell in Rio e iniciando as negociações para o Ao Vivo do primeiro semestre. Já está agendada para junho de 2017 a primeira tour internacional da THC com a banda portuguesa Moonspell, com shows em mais de 10 países da América Central e do Sul e estamos iniciando as negociações do Hell in Rio 2, que pode acontecer em 2017 ou 2018.
Isso depende dos investidores e empresas envolvidas. Outra surpresa para 2017 será o Estúdio THC, que está em fase de montagem em Itaboraí. Um de nossos parceiros mais importantes é a Garibaldi Produções, do Paulo Motta, que vai funcionar como um braço da THC Produções, principalmente na construção de projetos e acervos.
Já temos aprovado o projeto do acervo do Cazuza e do João Donato, que estão em fase de captação de recursos. Paulo Motta tem experiência na área, pois trabalhou em todos os projetos executados pelo Instituto Tom Jobim e vamos trabalhar com este know how. Outros projetos estão em construção e os artistas ou prefeituras interessadas podem nos procurar, independente do estilo.
Estas ações mostram que a THC Produções não está em nenhuma zona de conforto, e querem fazer o rock no país ser grande. “Estamos aqui para fazer a cena crescer. Trazer mais fãs para o estilo, incentivar a molecada na música e nas artes. O Brasil tem muita coisa boa, muita banda com qualidade de exportação. Queremos aquecer o mercado interno e explorar o mercado externo. Queremos profissionalizar o rock e ajudar os profissionais a se encontrarem dentro das mudanças por que passa o mercado fonográfico. Estamos chegando para somar e trazer de volta o rock para lugar de destaque nas mídias do país. Contem conosco”, finaliza Chamarelli.
Shows Confirmados:
Volta Redonda: 11/02/17 – Claustrofobia / Dfront AS / Monstractor / Eros
São Gonçalo: 12/02/17 – Claustrofobia / Reckoning Hour / Eros
Rio de Janeiro: 10/03/17 – Velhas Virgens
Resende: 11/03/17 – Velhas Virgens
Volta Redonda: 05/05/17 – Project 46
Ilha do Governador: 06/05/17 – Project 46
São Gonçalo: 07/05/17 – Project 46
América Central e do Sul: Junho – Moonspell
Informações:
E-mail: [email protected]
Site: www.thcproducoes.com