Testament: 31 anos de “Practice What You Preech”

Há exatos 31 anos, o TESTAMENT lançava o seu terceiro álbum de estúdio. E “Practice What You Preech” vinha para estabelecer a banda como uma das gigantes do Thrash Metal, o que já estava para acontecer depois do lançamento do álbum antecessor, o não menos excelente “The New Order”.

No aniversariante de hoje, os temas adotados nas letras são política (N.do R: de pensar que o headbanger de hoje torce o nariz e bate o pezinho quando alguém fala ou cita o tema hoje em dia, três décadas atrás, os caras falavam abertamente e ninguém ficava melindrado) e tópicos da sociedade de maneira geral.

Então o quinteto se trancou no “Fantasy Studios”, na Califórnia, acompanhados do produtor Alex Perlalas. Este contou com o apoio de Roy Rowland e David Pigg, que atuaram na produção dos vocais e das guitarras, respectivamente. Vamos então destrinchar cada uma das dez faixas deste play:

A faixa título, clássica e obrigatória nos shows da banda abre o petardo, apresentando o melhor do Thrash Metal oitentista. Belos riffs e uma levada muito bacana. “Perilous Nation” começa com o baixo nervoso de Greg Christian e logo a música cresce, com muita técnica e algumas partes rápidas que são um chamariz para um moshpit, ainda que breve.

Envy Life” tem um andamento mais cadenciado, não sendo necessariamente uma música típica de Thrash Metal, o que não tira o brilho dela em nenhum momento. Aqui Chuck Billy já arrisca um drive em sua voz, coisa que ele faz com toda a naturalidade nos dias atuais.

A energia Thrash Metal volta com “Time is Coming” e o peso do baixo de Greg Christian chega a surpreender aqui, em alguns momentos ficando mais evidente do que as duas guitarras. As mudanças de andamento aqui são também muito interessantes.

Blessed in Contempt” é o Thrash Metal que só o TESTAMENT sabe fazer: pesado e que vai alternando partes rápidas (os grandes destaques aqui) com partes mais cadenciada e muito bem trabalhadas. “Greenhouse Effect” é mais arrastada, intrincada, com muito peso, enquanto que “Sins of Omission” é fortemente inspirada na NWOBHM, com ótimas linhas de guitarra e uma performance espetacular de Chuck Billy.

The Ballad” do alto dos seus seis minutos de duração, começa com uma bela passagem de violões e a sua primeira metade é de fato, uma balada, com muitas harmonias, mas a segunda metade a música ganha peso e um clima épico, se tornando um dos grandes destaques.Em “Nightmare (Coming Back to You)”, o TESTAMENT mostra a sua veia punk em uma música bastante enérgica, em pouco mais de dois minutos. “Confuson Fusion” emcerra o álbum em grande estilo, em um instrumental cujos riffs são hipnotizantes. Excelente fechamento.

Em 46 minutos temos uma aula de Thrash Metal. Um disco indispensável para os fãs do estilo e certamente um marco na carreira do TESTAMENT, que caiu na estrada logo após o lançamento. Em Outubro de 1989, a banda circulou pelos Estados Unidos com o ANNIHILATOR, além de duas apresentações em dezembro na Califórnia com o NUCLEAR ASSAULT e o VOIVOD; Já no ano de 1990, a banda foi para a Europa e Japão promover o então novo álbum e voltou aos Estados Unidos por onde tocou até maio daquele ano.

Practice What You Preech” alcançou o 77º lugar na “Billboard 200” e em junho de 1992 já havia vendido 450 mil cópias. Apesar de ser um grande disco, apenas a faixa título é tocada nos shows. A faixa “Confusion Fusion” nunca foi tocada ao vivo e é a única do play com este status. Algumas outras faixas não são executadas desde os shows dos anos 1990. Desejamos uma longa vida ao TESTAMENT e esperamos pelo fim desta pandemia para vê-los em ação novamente,

Practice What You Preech – Testament
Data de lançamento – 04/08/1989
Gravadora – Megaforce

Tracklisting:
01 – Practice What You Preech
02 – Perilous Nation
03 – Envy Life
04 – Time is Coming
05 – Blessed in Contempt
06 – Greenhouse Effect
07 – Sins of Omission
08 – The Ballad
09 – Nightmare (Coming Back to You)
10 – Confusion Fusion

Lineup:
Chuck Billy – Vocal
Alex Skolnick – Guitarra
Eric Peterson – Guitarra
Greg Christian – Baixo
Louie Clemente – Bateria

Special Guests:
Mark Waters – Backing Vocal
Bogdan Jablonski – Backing Vocal
Willy Lang – Backing Vocal
Elliot Cahn – Backing vocal

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