Terrorsphere – Blood Path (2016)

Cinco faixas, uma delas cantada em Português, são suficientes para os paranaenses de Londrina do Terrorsphere mostrarem seu potencial. A banda formada em 2014 trabalhou com uma nova formação durante dois anos até atingir a sintonia perfeita para a execução deste primeiro projeto. Se você gosta de um Trash / Death vai se surpreender com a Terrorsphere.

As resenhas para as bandas nacionais sempre terão um pouco mais de críticas positivas ou negativas dos que as resenhas comuns. Com isso, buscamos mostrar para a banda onde ela acertou e quais os pontos principais que ela precisa ajustar para os próximos trabalhos. Acho importante reforçar tais pontos. Então, vamos começar.

“Blood Path” é uma metralhadora de Trash / Death. “Assassinos” faixa que abre o EP, vem com uma pegada estilo Canibal Corpse, Deicide, Morbid Angel. Logo na sequência “War Curse”, já em inglês, também vem destruindo tudo pela frente de forma sensacional. Mas foi nesta frenética soma de riffs e baquetadas aceleradas, que observei o primeiro ponto negativo do trabalho da Terrorsphere: a gravação. A mixagem do trabalho está abafada – não sei se de maneira proposital – tornando toda a fúria e peso muito menores do que realmente se espera da banda. Dá vontade de pegar o material, remasterizar e limpar essa ‘sujeira’. Há quem goste, mas particularmente, creio que poderiam ter caprichado um pouco mais.

Isso não atrapalha em nada o trabalho da banda que continua seu EP com “Terror Squad” um Death mais cadenciado, de condução mais arrastada, divergindo um pouco das músicas iniciais. Logo depois temos a faixa – título “Blood Path”, que mostra a forte influência que bandas como Sepultura e Slayer tem na mistura da proposta Death do Terrorsphere. Ótima faixa, por sinal, meio obscura, agradou bastante.

A voz de Werner ainda precisa de alguns pequenos ajustes, mas é um dos pontos positivos do trabalho, assim como a excelente linha de bateria comandada por Victor e a bela capa do encarte, que mostra um pouco do terror que há dentro do disco. Para finalizar, o Terrorsphere apresenta a faixa “Mind Control” que mais uma vez arregaça com suas batidas inspiradas em Krisiun e Deicide. Extremamente técnica, bem equilibrada e não perde em nenhum momento o tom agressivo e gutural do trabalho. No geral, a Terrorsphere é uma banda que tem bastante futuro na cena brasileira, precisa aparar algumas pequenas arestas, principalmente relacionadas a gravação do trabalho. Fora isso, é uma ótima dica para os fãs de Trash/Death.

Faixas

01 – Assassinos
02 – War Curse
03 – Terror Squad
04 – Blood Path
05 – Mind Control

Formação

Werner Lauer: Baixo/Vocal
Udo Lauer: Guitarra
Francisco Neves: Guitarra
Victor Oliveira: Bateria

Encontre sua banda favorita