Após quase seis anos de espera, em 2016,  a banda pernambucana Terra Prima finalmente lançou o seu tão esperado segundo álbum, que ficou um bom tempo em produção até ficar pronto.

Que o grupo tem conquistado cada vez mais o seu espaço no mercado musical de uns anos para cá, isso não é novidade. Isso ficou bastante claro desde quando eles abriram o show do Iron Maiden em Recife em 2011, e nesse novo disco a gente vê o quanto eles evoluíram de lá para cá.

Começando pela participação especial do álbum, que dessa vez veio em nível internacional. Enquanto no primeiro disco “…And Life Begins” eles contaram com a participação de Rafael Bittencourt (guitarrista do Angra), na música “Essence”, dessa vez eles foram mais longe, convidando o vocalista italiano Fabio Lione (Rhapsody Of Fire e Angra) na música “Coming Home”, que foi a primeira liberada pela banda antes do lançamento do álbum.

E só nessa faixa você já percebe que a banda tenta fazer um som um pouco mais diferente do que fizeram no “…And Life Begins” (2010), mas ainda assim, não indo tão a contraponto assim.

Mas uma coisa eles já conseguiram, que foi não soar tão parecido com o Angra que nem era no primeiro disco, e um fator que ajudou foi o fato deles não se utilizarem de arranjos de teclados nesse novo trabalho. Posso dizer inclusive que as músicas do disco soaram bem mais fortes do que as do trabalho anterior, mas, ainda assim não deixou de soar como uma banda de Power Metal, mas claro que essa não era a proposta deles, afinal, essa já passou a ser a identidade da banda desde seu princípio.

Outra coisa diferencial foi que dessa vez a banda também optou por não se utilizar muito de recursos que soassem com um som mais regional, como por exemplo, a batida de maracatu que há na intro “Gatezzz” no álbum anterior. O máximo que podemos encontrar é umas batucadas em uma parte da música “Blame”.

Mas, parando com as comparações com o primeiro disco, a única coisa ruim que tenho pra falar do “Second” é apenas do nome que para mim, faltou um pouco de criatividade, porque, sinceramente, chega ficou meio redundante chamar o segundo álbum da banda de “Second”.

Sendo que, claro, isso não influencia nada do som feito, que foi simplesmente muito bom. “Once Upon a Time” é uma ótima música para iniciar o disco. Sua sonoridade consegue dar aquele ar de início que se espera de uma faixa de abertura.

O destaque do álbum ficou por conta da participação de Fabio Lione na faixa “Coming Home”, que é a melhor música do disco. E voltando a fazer comparações com o “…And Life Begins”, essa parceria ficou melhor do que a com o Rafael Bittencourt em “Essence”, isso porque nesta as vozes do Daniel Pinho e do guitarrista do Angra ficaram muito equivalentes, a ponto de ficar quase igual, enquanto com o Lione as vozes dos dois ficaram mais diferenciadas. Outras faixas que destaco são “Wheels Of Time” e “Thomas”, mas isso é por uma questão mais de gosto pessoal mesmo.

Sobre a questão instrumental é até redundante falar isso, ficou mais uma vez impecável. Os solos de guitarra são magníficos e o vocal do Pinho continua na sua potência máxima.

No mais, só me resta parabenizar ao Daniel Pinho, Otávio Mazer, Diego Veras, Gabriel Carvalho e Tiago Guima por mais esse ótimo trabalho.

Formação:
Daniel Pinho – vocal
Otávio Mazer – guitarra
Diego Véras – guitarra
Gabriel Carvalho – baixo
Tiago Guima – bateria

Faixas:
01. Once Upon a Time
02. You Won’t Stop Me
03. Wheels Of Time
04. Coming Home (feat. Fábio Lione)
05. SOS
06. Thomas
07. A Strange In Town
08. Fever
09. Last Minute
10. Blame
11. The Final Act

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