Resenha: Taberah – Sinner’s Lament (2017)

A velha escola do Metal pode parecer nova e excitante para muitos que a adentram, mas a maioria das bandas que seguem esse modelo rígido o leva tão a sério ou estão tão obcecados com a autenticidade que perdem de vista o fato de que Rock e Metal podem ser legal ou divertido, e ainda soar bem aos ouvidos. E neste quesito é que os australianos do Taberah se encaixam. Trazendo um misto de power e heavy metal a banda oferece uma experiência de shows animados e sempre com um sorriso no rosto e, acredite, até a sinistra história da letra de Hotel Califórnia do The Eagles escolhida como faixa final deste álbum se tornou festiva e ligeiramente empolgante!

A banda Taberah também é seriamente bom no que faz, lembre-se de que esses são os caras que Lemmy escolheu a dedo para abrir para o Motörhead em 2011.

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Com dois álbuns no cinto,”The Light of Which I Dream” de 2011 e o excelente “Necromancer” de 2013, a banda abriu maio deste ano com o terceiro trabalho, “Sinner’s Lament”, gravado no Red Planet Studios e Crawlspace Studios em Hobart, na Tasmânia. Mixado e masterizado na SLS Studios em Wollongong, o trabalho foi lançado pela Killer Metal Records da Europa para todo o mundo e vem colecionando elogios e um público crescente.

A abertura com a faixa título com certeza é o melhor dos começos. Há uma introdução lenta seguida por guitarras gritantes, à medida que os tambores se formam e o ataque começa com um Thrash amadurecido por explosões de Metal Melódico, que desce para uma queda acústica vocal meticulosa e melodias que divergem do principio da canção, paralelos a um backing vocal feminino delicado. É muito mais do que isso, e já me enganou, afinal este é mais um daqueles casos onde encontramos de tudo e podemos identificar o peso de tantas influências.

A faixa a seguir “Wicked Way” afirmará o contexto e um vislumbre da NWOBHM ficará claro, um deleite clichê e você pode imaginar os punhos levantados e os trajes de couro questionáveis. Como dissemos – diversão – lembre-se disso!

Seguindo a sequência, “Horizon” realmente supera as expectativas e isso é impressionante e muito mais do que meramente competente; é como se a banda tivesse tido um toque de pura diversão e decidiu mostrar-nos o que eles podem fazer. “Child of Storm” continua nesse caminho – outra música enorme e, novamente, essas máscaras metálicas penetraram sua mente.

O resto do álbum ainda lhe trará gratas surpresas e “Dance of the Damned” se tornará formidável assim como Hard Rock emoldurado; Enquanto “Crypt” apanha o momento em que o Thrash encontra o som do Power Metal novamente antes que “The Final March of Men” empurrasse o pensamento para sua conclusão lógica. É deslumbrante!

O álbum chega a sua despedida com “Heal Me” – uma música que começa acusticamente e se constrói para um hino épico da velha escola. É apenas o caminho certo para fechar o que se tornou no decorrer de nove músicas, possivelmente, um dos álbuns mais divertidos e frescos da Aussie Metal em anos. Bem, seria se não fecharmos com uma tomada bastante enérgica com o clássico do The Eagles “Hotel Califórnia”, lembram-se? Agradável.

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De uma forma geral este é um ótimo álbum, o melhor da Taberah. Um dos melhores álbuns de metal do ano? Pode apostar. Nada mal para uma banda da velha Tasmânia.
Então embarquem nesta e conheçam a banda!

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Membros:
Jonathon Barwick – Guitarra e Vocals
Myles ‘Flash’ Flood – Guitarra
Tom “Bam Bam” Brockman – Bateria
Dave ‘The Doctor’ Walsh – Baixo
Tracklist:

1 – Sinner’s Lament
2 – Wicked Way
3 – Harlott
4 – Horizon
5 – Child Of Storm
6 – Dance Of The Damned
7 – Crypt
8 – The Final March Of Man
9 – Heal Me
10 – Hotel Califórnia(The Eagles Cover)
https://www.youtube.com/watch?v=6Jt7DWamjoI

Conheça a banda:
Facebook: https://www.facebook.com/taberahofficial/
Twitter: https://twitter.com/taberahofficial

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