Com lançamentos regulares, o quarteto norte-americano Storm Boy lançou o primeiro EP no ano passado. A partir daquelas quatro faixas do trabalho autointitulado, a cena punk rock e seus simpatizantes ficaram conhecendo uma banda, cujos predicados apontavam a um som despojado e simples. Na sequência, já em 2024, a garotada retorna com mais um lançamento, neste caso o EP “With a Gasp that Reached to the Sky”, com canções um pouco mais melódicas e melhor produzidas. Dessa vez, o amadurecimento se abateu mais ainda sobre a banda e, mais uma vez sob os cuidados de Scot Michael, o Storm Boy trouxe o EP “Superposition!”.
Michael, que teve mais liberdade sobre o que faria nesta produção, trabalhou em seu Titan Recording Studio, entregando um resultado mais refinado, embora distorcido. A primeira prova está em “Instrument”, com uma cozinha perfeitamente alinhada onde o baixo de Kuba Bednarek dita as regras, mas a bateria de Jeremy Anderson tece um ritmo baseado na cadência marcada e no groove. Sobre os riffs de guitarra, não há muito o que discutir, pois neles estão o DNA do grupo presenteado por Chas Roberts e Charli Beaumont. Para ser sincero, “Superposition!” não apenas ajuda a solidificar a carreira da banda, como arremessa grande energia ao ouvinte.
O trabalho banhado por versatilidade, revela na segunda faixa a canção “Smiling Betty” que é um misto de velocidade e melodia. Esta, no entanto, empolga por sua pulsação rica e direta. É possível sentir nas músicas desse registro o mesmo encanto e garra de um show ao vivo, quando estamos próximo ao palco. Isso significa que o carisma da banda e sua performance são naturais, não havendo nenhuma teatralidade. Dessa forma, parabéns aos que já presenciaram eventos com essa turma, pois puderam sentir toda essa pulsação em seus próprios corpos.
Em “Ghosts!”, a selvageria de uma música poderosa e impactante invade os falantes. Aqui, a canção se destaca por ser a mais incisa e gritante do EP. A identidade da banda que até este momento mostrou melodia, cadência e bom tempero, dessa vez se tornou abrasiva e violenta. Sim, o grupo, a seu modo, também é versátil. Para finalizar o repertório, “Keep it Simple” traz um pouco de influência pós-punk com um ritmo marcado no baixo. Entretanto, quem impulsiona a festa são os riffs caóticos e suas vocalizações raivosas. Mesmo sendo uma música com mais de cinco minutos, “Keep it Simple” não soa pedante aos nossos ouvidos, pelo contrário, ela tem o poder de instigar até o último momento.
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