Com três álbuns completos no currículo, a Sharon Lia Band acaba de lançar o seu mais ousado projeto, chamado “Expanse”. Trata-se de um álbum duplo com nada menos que vinte e seis músicas. Lançado pela Sharrick Records, este disco reúne o que o metal sinfônico tem de melhor, embora suas canções invadam também outros terrenos. Diante do trabalho maravilhoso que a cantora e sua banda faz há anos, um projeto dessa magnitude já era esperado pelos fãs, pois a banda já acumula grande prestígio não só pela região da Filadélfia, como em todo Estados Unidos da América, com contratos assinados até pela Sony.
As influências do grupo se baseiam em nomes como Delain, Evanescence, Nightwish e Trans-Siberian Orchestra. Com essa deixa já dá para você saber como a banda trata as suas linhas musicais. Lia, majoritariamente, usa técnicas simples para cantar, isso significa que a artista não força a barra para soar o mais soprano possível. Sua voz natural jé é um grande prêmio para os nossos ouvidos. Tendo como suporte um time de músicos excelentes, a moça entrega ao fã tudo que ele precisa em termos de qualidade. Sejam nas mais melancólicas, como nas mais agitadas o equilíbrio acontece.
Algumas músicas como “I Will Wait” seguem uma linha mais comerciais. Isso chega até ser inevitável, pois a música da Sharon Lia Band já há algum tempo frequenta as estações de rádio norte-americanas e até de TV. A parte boa é que o ‘maistream’ não acabou com inspiração da banda. Pelo contrário, a sua incursão nesse pantanal talvez tenha gerado reconhecimento e incentivo para chegarem ao degrau que estão. No discos há muitas canções épicas como a faixa de introdução, “The Expanse”, além de outras como “Invisible”. A impressão que temos é que todo foco do álbum recai sob a excelência, e a banda consegue.
Não há como não se sentir tocado por músicas como “I Will Remember (Live Out Loud)”, que assim como Lia, também é composta por Rick Jannotti. Aliás, todo o álbum tem a sua colaboração, seja nas canções mais melódicas, como nas mais pesadas. “Feel It In My Bones” é um exemplo de peso e melodia em um só recipiente. Entretanto, se você prefere um álbum com a maioria dos temas sejam projetadas linhas virtuosas, não deixe de conferir a segunda parte que é composta apenas das versões instrumentais. Eu, sinceramente, escuto no talo. Indico a experiência.
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