De acordo com o site Abawaba, as autoridades libanesas proibiram o Sepultura de tocar no país sobre acusações de “insulto ao cristianismo” e serem “adoradores do diabo”.
Os promotores de shows Skull Sessions anunciaram nessa última sexta (19 de abril) que as autoridades se recusaram a processar os vistos dos membros da banda, forçando-os a cancelar o show no dia 28 de abril, no distrito de Beirut Hamra.
O Skull Sessions disseram ao The New Arab que eles não tinham permissão para verem a “ordem de proibição” mas foram informados por oficiais que viram o documento.
“O que nós aprendemos , basicamente, é que eles são considerados adoradores do diabo, que eles desrespeitaram o cristianismo e que eles se apresentaram em Israel, e tudo isso é, lógico, mentira.”
Embora o Sepultura não tenha se apresentado em Israel, o clássico clipe “Territory” de 1993 foi filmado em Israel e Palestina, e mostra fotos da banda posicionadas ‘desafiadoramente’ em lugares icônicos como o Mar Morto, misturando com filmagens evocativas do conflito por lá.
Viajantes com selos israelenses em seus passaportes não podem entrar no Líbano. Mesmo se os documentos do viajante não tiver selos ou vistos, as pessoas que pretendam entrar na República do Líbano e que tenham anteriormente viajado para Israel poderão ainda ser detidas e/ou detidas se essa viagem for descoberta.
O Sepultura já tocou na região, tendo se apresentado em Dubai cerca de 2 anos atrás. A banda está prestes a tocar novamente na cidade mês que vem. A banda já apareceu nas manchetes quando o show deles em 2016 em Cairo foi cancelado no último minuto sobre a mesma acusação de “adoração ao diabo.”
No início dos anos 2000 houve uma forte oposição ao heavy metal no Líbano. As pessoas podiam ser presas se vistas usando camisas de heavy metal na rua por serem “diabólicas”.
Elia Mssawir, que ajudou a criar o Beirut Metal Fest, disse ano passado a CNN que agora a cena heavy metal está sendo muito mais aceita agora e mais pessoas compreendem que é uma forma de arte.
