Sepultura anuncia o fim: uma despedida honrosa para uma lenda do Heavy Metal brasileiro

Em um anúncio que reverberou pelos corações dos fãs de Heavy Metal, a icônica banda Sepultura oficialmente encerrou suas atividades. Derrick Green, Paulo Jr., Andreas Kisser e Eloy Casagrande reuniram-se nesta sexta-feira (08) para comunicar o fim de uma era na história do Metal brasileiro. Fundada quase quarenta anos atrás em Belo Horizonte pelos irmãos Max e Iggor Cavalera, o grupo encerrou sua jornada em uma coletiva realizada em um luxuoso hotel na zona sul de São Paulo.

Surpreendendo os fãs, o anúncio não trouxe à tona conflitos entre os membros, mas sim a conclusão natural de um ciclo. Em meio à melancolia, os integrantes discutiram o encerramento da banda, destacando o momento atual como o melhor da história do Sepultura. “Estamos saindo de cena de forma tranquila”, compartilhou o guitarrista Andreas Kisser. “São ciclos que se fecham e se renovam. Queremos celebrar. Não queríamos que o Sepultura terminasse com brigas ou que ficássemos velhos demais no palco”, enfatizou.

A despedida será marcada por uma grandiosa turnê que abrangerá mais de 40 países ao longo de dezoito meses, iniciando em março. Com quatro décadas de história, o Sepultura escolheu encerrar sua jornada de maneira honrosa, evocando o respeito pela relação duradoura com seus fãs. Andreas Kisser mencionou o Cream de Eric Clapton como inspiração, ilustrando a importância de reconhecer o momento certo para concluir um processo.

Formada em 1984, a banda projetou o Brasil no cenário mundial do heavy metal em sua primeira década de atividade. Desde suas primeiras turnês na Europa, realizadas com determinação em uma era pré-internet, até a consolidação com álbuns clássicos como “Beneath the Remains” (1989), “Arise” (1991), “Chaos A.D.” (1993) e “Roots” (1996), o Sepultura deixou um legado incontestável. O ano de “Roots” também testemunhou a transição com a saída de Max Cavalera e a entrada de Derrick Green, marcando uma nova fase na trajetória da banda.

Com uma saída que respeita sua história e uma carreira que definiu os padrões do metal brasileiro, o Sepultura deixa sua marca indelével no universo musical. O baixista Paulo Jr. permanece como o último membro da formação original, testemunhando o encerramento desta épica jornada.

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