Eric Maynes, criador do projeto Saves the Witch, já lançou três álbuns instrumentais como este “Fine Machines”. Com influências variadas, o cantor, compositor e guitarrista incursiona pelo post rock, post metal, indie e até mesmo blues. Este último disco possui onze músicas onde a primeira “I’m Not Ready”, é uma execução esfumaçada que funciona como introdução. A seguinte, “Abeam the Intrepid”, traz climas mais harmônicos que logo evoluem para o peso do heavy metal. No entanto, o que conferiremos a partir daqui, são elementos que puxam tanto para a diversão quanto para a parte didática, no que se refere à música.
Em “She Dances With Knives”, algumas partes de guitarra sem distorção dão lugar a bases bem distorcidas. Aqui, o destaque é do peso e de pequenos, porém espontâneos solos. O caminho para p metal se abre mais com “We Are the Virus”, que entre riffs violentos, tenta encaixar melodias mais virtuosas. Aqui, considera-se um ótimo trabalho de ideias e de direção musical. Pegando por um lado menos pesado, “Once Upon a Bomb Shelter” possui estilo virtuoso, lembrando algo de Joe Satriani e Steve Vai. Em faixas como essa, começamos a ter um pouco de noção do potencial do artista.
Os predicados do Saves the Witch são conferidos também em “The Hill We Die On”. Esta música, por conseguinte, é bem cadenciada e possui solos mais profundos. Por outro lado, ela também busca encostar no hard rock com pegadas mais quentes e fortes. Alguns atributos de virtuose também recaem sobre “Queen City”. O álbum que é recomendado até para meditação e aulas de yoga, tem nessas partes mais melodiosas em bom exemplo. Isso se aplica também à introspectiva “It’s Dangerous to go Alone, Take Me”, mas se reparar melhor, todas o repertório de “Fine Machines” proporciona ao ouvinte viagens emocionantes.
Um dos destinos dessas viagens apontam a “Your God is Dead” que, de longe, é a mais harmônica com uma carga melódica palpável. Nesta música impera a beleza e a soberba da perfeição. A execução começa com uma cedência baixa até se tornar em pura atmosfera. A sequência final do álbum vem com a tranquila “Bring Me to the Everdoor”, única da relação a possuir uma letra. Em contrapartida, a última música é uma versão dessa canção em instrumental. Com isso, Saves the Witch fecha uma trilogia de álbuns atemporais e bem produzidos para o deleite do ouvido mais sofisticado.
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