Durante uma aparição em 30 de junho no programa "Trunk Nation With Eddie Trunk" do SiriuxXM, Alex Lifeson discutiu a possibilidade de tocar com seu antigo companheiro de banda RUSH Geddy Lee novamente em algum momento. Os dois não se apresentam juntos desde o final da turnê final do RUSH, "R40", que comemorou o 40º aniversário da entrada do baterista Neil Peart na banda. Peart morreu em janeiro de 2020 após uma batalha de três anos contra o glioblastoma, uma forma agressiva de câncer no cérebro. Ele tinha 67 anos.
"Geddy e eu começamos a escrever juntos quando tínhamos - não sei - 14 anos, eu acho", disse o guitarrista (conforme transcrito pelo BLABBERMOUTH.NET). “E nós somos melhores amigos; eu amo muito o cara, [e] ele significa muito para mim. E nós tivemos essa experiência incrível de trabalhar juntos, além de sermos amigos.
"Falo com Ged a cada dois dias ou mais", continuou ele. “Nós tentamos nos encontrar para jantar. Isso tem sido uma coisa mais desafiadora ultimamente. Mas nós saímos uma vez recentemente. É ótimo, porque realmente somos amigos.
"Se houver algo a surgir no futuro - uma oportunidade para nós fazermos algo - nós decidiremos em uma xícara de café o que será. Mas não há urgência ou não há nada pré-planejado agora. Ele está fazendo seja o que for ele está fazendo, estou fazendo tudo o que estou fazendo e nos mantemos informados e coisas assim, mas, Deus, tivemos uma história tão boa e fizemos tantas coisas boas juntos, não é realmente um grande problema se, para o resto de nossas vidas, seremos apenas melhores amigos.
“Eu sei que os fãs do RUSH são um grupo único e eu os amo”, acrescentou Lifeson. "E, certamente, tudo o que fizemos, sempre fizemos para nos satisfazer antes de qualquer outra pessoa, e acho que os fãs do RUSH entenderam isso e sempre nos apoiaram - muito críticos às vezes também, mas sempre nos apoiamos. E essa era a natureza de nosso relacionamento com nossos fãs - foi uma relação de mão dupla muito boa. Mas eu acho, realmente, o RUSH terminou em 2015. Não há como o RUSH voltar a existir porque Neil não está aqui para fazer parte dele. E isso não é dizer que não podemos fazer outras coisas e não podemos fazer coisas que beneficiam nossas comunidades e tudo isso. Tenho muitos planos para esse tipo de coisa que não inclui necessariamente o Geddy.
"Isso me pergunta o tempo todo - vamos fazer isso ou vamos fazer aquilo? Quem sabe? Tudo o que sei é que ainda nos amamos e ainda somos muito, muito bons amigos, e sempre seremos . "
Lifeson também refletiu sobre a turnê final do RUSH, que terminou em 1º de agosto de 2015 no Forum em Los Angeles. Peart indicou na época que queria se aposentar enquanto ainda era capaz de estar bem, junto com o desejo de passar mais tempo em casa com sua filha.
"Estávamos no início dos 60 anos quando a turnê terminou", disse Alex. "Depois do número de datas que fizemos, que foi cerca de metade do que normalmente faríamos, estávamos todos começando a sentir o cansaço, como você normalmente sentiria. E se fosse uma turnê normal, provavelmente teríamos saído por outro mês e depois tirou um mês de folga, ou talvez alguns meses de folga, e então continuei por mais três ou quatro meses.
“Eu acho que pessoalmente, e acho o mesmo para Ged, nós estávamos muito animados com o show, a apresentação do show, todo o conceito de voltar através de nossa história,” ele continuou. "Achei que estávamos todos tocando muito, muito bem e provavelmente poderia ter continuado a fazer mais 30 shows, e acho que Geddy se sentia da mesma maneira. Mas estava se tornando muito difícil para Neil tocar naquele nível, a menos que ele poderia tocar cem por cento naquele nível, ele realmente não queria fazer mais shows, e ele não queria ser aquela pessoa que deveria ter feito isso. E foi difícil para ele - um show de três horas tocando dessa maneira que ele tocou. É um milagre ele conseguir tocar. E ele teve alguns problemas durante a turnê - ele tinha uma infecção nos pés e mal conseguia andar, quanto mais tocar o bumbo do jeito que fazia. E ele nunca reclamou ou algo parecido. Então, era a hora. E, em retrospecto, não poderia ter sido melhor, porque estávamos tocando muito bem e terminamos com uma nota tão alta. Os fãs estavam tão felizes - quero dizer, com o performance. Tudo deu certo. Essa foi a ótima forma de garantir nosso legado e ser lembrado por aqueles caras, por estar naquela banda e que tocou daquela forma. Eu honestamente odiaria estar trabalhando agora, por exemplo, e não ser capaz de tocar uma música porque meus dedos estão me matando e não tocando tão bem e cometendo todos esses erros. Eu cometi erros suficientes - muitos. Enfim, realmente acabou sendo o momento oportuno para encerrarmos uma longa carreira. Não foram muitas bandas que duraram 40 anos dessa turnê regular e muitos, muitos, muitos álbuns e todas essas coisas. "
RUSH esperou três dias para anunciar a morte de Peart, desencadeando ondas de choque e uma onda de tristeza de fãs e músicos de todo o mundo.
Peart juntou-se ao RUSH em 1974. Ele foi considerado um dos melhores bateristas de rock de todos os tempos, ao lado de John Bonham do LED ZEPPELIN; Keith Moon da OMS; e Ginger Baker do CREAM. Peart também foi o letrista principal do RUSH, inspirando-se em tudo, desde ficção científica a Ayn Rand.
Fonte: https://www.blabbermouth.net/news/alex-lifeson-says-theres-no-way-rush-will-ever-exist-again-believes-bands-final-tour-couldnt-have-been-better/
