Hoje na Roadie Metal Entrevista temos o prazer de trazer a linha de frente para um bate-papo a banda Quintessente, o vocalista e fundador do grupo, “André Carvalho” concedeu um bate papo envolvente e você poderá conferir os detalhes sobre o novo álbum “Songs from Celestial Spheres” e a produção desta banda que desde sua fundação até hoje somam 23 anos de história, isto mesmo que você acabam de ler. São 23 anos de existência para um banda de caráter tão jovial, e dizemos isso sem medo pois se lá no início os músicos unirão-se em busca de tocar Heavy Metal com elementos de Death, Doom e Gothic Metal, somados a uma salgada pitada de Rock Progressivo, hoje a essência realmente não mudou, apenas cresceram de forma estrondosa e tão afiados como nunca, abordando temas reflexivos sobre a natureza humana e universal.
Atualmente a banda segue divulgando seu mais novo trabalho, o álbum “Songs From Celestial Spheres” , lançado em maio de 2017. Trabalho este que vem colocando-os como grandes expoentes do Metal extremo nacional.
Confira a entrevista abaixo:
Foi um longo período até o retorno das atividades, agora quase um ano após a volta como a banda se define?Quais foram às principais mudanças?
“Certamente mais maduros, focados e com a convicção do trabalho que estamos fazendo. Nesse longo período fomos estudar, nos aprimorar profissionalmente e tocar projetos pessoais. Isso fez com que todo o entusiasmo do retorno fosse refletido em objetivos claros e planejamento, associados a uma grande fonte de criação. Eu, Cristiano e Cristina pensamos em algo novo e que nos trouxesse acima de tudo satisfação. A partir daí concentramos forças em músicas novas, que acabaram originando o novo álbum, e no meio do processo dois grandes músicos se juntaram ao time, o Leo Birigui e o Luiz Fernando”
De lá pra cá foram duas demos e um single cujas duas faixas inclusive integram o álbum “Songs From Celestial Spheres” deste ano. Como vocês avaliam o contexto deste lançamento?
“Divulgamos o primeiro single, “The Belief of the Mind Slaves”, em lyric vídeo, e três meses depois lançamos o segundo single, e primeiro clipe do novo álbum, da música Essente. SongsFrom Celestial Spheres foi um álbum criado não só para nos fazer voltar à cena, mas também para manifestar tudo aquilo que estava reservado dentro de nós por todo esse tempo. Todos os detalhes foram pensados e lapidados por quase um ano”
O retorno após tanto tempo de inatividade também traz uma nova leva de ouvintes para o seu trabalho. Como está sendo a resposta do público para “Songs From Celestial Spheres”?
“O retorno tem sido extremamente positivo do público e também da mídia especializada. Depois de tantos anos é recompensador saber do público que as expectativas foram atendidas ou até mesmo superadas com o novo álbum. Uma boa parte dos ouvintes realmente não conhecia a banda até o lançamento de SongsFrom Celestial Spheres e temos notado reações incríveis. Isso nos deixa muito felizes, pois nos dedicamos inteiramente ao álbum quando decidimos voltar com a banda.”
Vocês frequentemente são citados como um expoente do Metal extremo. No entanto, encontramos em seu trabalho várias nuances diferentes que remetem a outras linhas. Isso traz certa divergência entre os fãs sobre o estilo que a banda acatou. Como a Cristina Müller citou no vídeo-documentário “ficou uma coisa meio híbrida”. Baseado nisso podemos considerar o novo álbum uma porta aberta para inovações em novas criações da banda daqui pra frente?
“Não seria natural se construíssemos algo rotulado e que determinasse que estamos mais para a banda A ou para B. Não queríamos isso. Na verdade, o Quintessente sempre pensou em sair do lugar comum. Pensamos muito mais na harmonia e no clima que podemos criar em nossas composições. O Metal nos dá essa possibilidade de não nos apegarmos aos rótulos das inúmeras vertentes que existem. O campo para trabalho é imenso. Propositalmente o álbum traça um paralelo entre o universo e o nosso som. Assim como as estrelas, que possuem diferentes estruturas químicas, idade, massa, luminosidade e magnitude, a sonoridade de Songs From Celestial Spheres compreende os mais variados estilos dentro do Metal. Desde o início a intenção foi em não nos prendermos em nossas composições e sentirmos acima de tudo a música que estávamos criando.”
Conte-nos um pouco sobre o processo de composição e gravação de “Songs From Celestial Spheres”.
“Tivemos um ano sabático dedicado a todo esse processo de composição.Quando estávamos com o material quase todo fechado fomos para estúdio. Queríamos uma pegada mais atual, porém sem perder nossas verdadeiras influências. Como sempre fizemos, discutimos muito sobre o material que estamos produzindo até entendermos que chegamos no ideal. Na maior parte das vezes o Cristiano apresenta uma ideia e a partir dela trabalhamos o conjunto. Geralmente eu e Cristina criamos as letras e essa parte da composição também é bem delicada, porque precisamos entender o que a música nos fala para transmitirmos com o máximo de precisão nossa mensagem. No meio do caminho tivemos duas baixas, uma na bateria e outra no baixo. Daí, acertadamente, convidamos o Leo e o Luiz para assumirem bateria e baixo, respectivamente. Foi realmente espantoso como a engrenagem funcionou. Parecia que estávamos há anos juntos. Quando partimos para gravação, nosso amigo Celo Oliveira, grande produtor que é, entendeu de forma única onde queríamos chegar. Sua contribuição foi extraordinária.”
Tour, shows, como está a agenda da banda?
“Estamos trabalhando para dois shows ainda esse ano. O primeiro vai acontecer no próximo dia 22 de outubro na lona de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, com os amigos do Malefactor, Tamuya Thrash Tribe e Dark Tower, com a produção da No Class Agency. Em 2018 temos planos de um novo clipe para o primeiro trimestre e pretendemos ainda acertar datas para shows de divulgação por todo país. Podem esperar!”
Este novo trabalho reúne 10 composições onde a sonoridade abraça os estilos mais variados no Heavy Metal, assim como as estrelas com suas diferentes estruturas químicas, idade, massa, luminosidade e magnitude. O conceito de “Songs From Celestial Spheres” é baseado na relação entre homem e céu. Ao longo do tempo, a observação do céu trouxe o conhecimento da dinâmica evolutiva e criou correlações de organizações humanas e analogia de história e crenças com os fenômenos cósmicos.
Um álbum extraordinário que o levará a uma profunda viagem sonora.
Faixas:
01. The Belief of the Mind Slaves
02. Delirium
03. A Sort of Reverie
04. My Last Oath
05. Essente
06. Eyes of Forgiveness
07. L’Eternità Offerto
08. Unleash Them
09. Reflections of Reason
10. Matronæ Gaia (Chapter II)
Conheça a banda: