Uma das obras mais envolventes do Rock Nacional, onde inteligência, elegância, agito e arranjos muito bem elaborados, são criados de forma consciente, é produzido pelo NefileBand.

O projeto criado pelo músico, Luiz Fernando Keller, oriundo do Rio de Janeiro, já possui um EP lançado e se prepara para apresentar o segundo disco da carreira. Aproveitando o momento de criatividade em alta, o artista bateu um papo com a Roadie Metal e revelou detalhes acerca de sua obra, novidades que estão por vir e cenário brasileiro. Confira:

Como surgiu sua banda, conte-nos como foi que tudo começou?

A NefeliBand não é exatamente uma banda. Eu (Luiz Fernando Keller, guitarrista) e Iuri Santana (baterista) gravamos tudo. Ainda não tocamos ao vivo, embora já tenhamos banda montada para isso.

Um certo dia já em 2018, resolvi repaginar uma música antiga (Babilônia Rock) minha, em parceria com Charles Khan. Já estava terminando a produção dessa quando veio uma outra música dessa vez nova, e depois outra, e outra, e quando vi já tinha seis músicas, e lancei esse primeiro EP. Não sabia que podia compor, mas posso e o fato é que não parei mais.

Quais materiais vocês já possuem lançados e como as pessoas podem encontra-los?

A Nefeliband é um trabalho relativamente novo, de forma que temos apenas esse primeiro EP já em todas as plataformas digitais. Imprimi 1000 EPs físicos pois gosto de agregar arte e caprichamos no encarte que contém as letras e os devidos créditos, e conta com uma verdadeira linguagem artística feita por Abyner Gomes, e na contracapa uma escultura de Rodrigo Pedrosa. Por fim, temos tocado bastante bem nas web rádios que tocam o Rock.

O que você espera levar ao público com suas letras, conte um pouco sobre seu processo criativo, como vocês escrevem as letras e qual a mensagem que está por traz?

A maioria das letras que faço tem forte conteúdo político/moral apartidário. O que mais me aguça é o ‘ser, e o dever ser’. De forma que o que tento passar é a conscientização de que ninguém é feliz quando o outro também não é.

A arte é obra do espírito, não do intelecto. Percebi, então, que minha música brota na alma, passa para a cabeça, depois para a mão, e depois para a máquina. Se na volta passar pelo coração, é publicada.

O que te fez querer participar da atual edição da coletânea Roadie Metal?

Já fui convidado para outras coletâneas, mas não achei atraente. Mesmo não sendo do Metal, mas sim, eu diria, do Hard Rock, o profissionalismo com que o Gleison Júnior tratou o assunto me fez ver que ele é o fermento que faz o bolo crescer. Então, estamos juntos!

Como você enxerga o atual momento do cenário do Metal Nacional?

Infelizmente não vejo bem. Se por um lado vejo muita coisa boa sendo feita, por outro vejo muito pouco espaço e muito pouco interesse do grande público. Sobre isso, entendo que tudo passa por educação, e hoje o público se interessa muito mais pela chamada música de entretenimento do que por arte, e a arte é o foco da NefeliBand. Mas não sou um pessimista, acho que isso tende a mudar.

Está sendo preparado alguma novidade para os próximos dias? Tem algum lançamento vindo por aí? Conte-nos alguns detalhes!

Sim. O segundo EP está no forno, e vem na mesma vibe do primeiro. Seis músicas cada uma com um cantor diferente. Um tem o nome de Nefelibatismos, e o outro terá o de Nefelibatários. A capa de um é o negativo da do outro. E os dois juntos formarão um CD que vai se chamar Refrações (em princípio). Planejamos shows para um futuro breve.

Deixe uma mensagem em nome da banda para nosso leitor!

Não escute o que a grande mídia te empurra. Escolha o que quer ouvir. Você certamente achará sua playlist numa web rádio! And long live rockn roll!

Forte abraço a todos,

Luiz Fernando Keller

NefeliBand

@nefeliband

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