A banda Drastyca, é uma das grandes revelações do Metal Extremo nordestino. O grupo acaba de lançar seu primeiro registro em todas as plataformas digitais e através de um bate-papo direto com a Roadie Metal, revelou os detalhes de sua história, cenário e novidades que estão por vir.
Confira:
Como surgiu sua banda, conte-nos como foi que tudo começou?
Surgiu de uma atitude drástica (risos). A primeira formação foi construída em poucas horas de uma determinada noite no ano de 2010. Vinter (vocal) estava determinado a montar uma banda de Melodic Death Metal e saiu a pé pelos extremos da cidade à procura de alguns velhos conhecidos. Entre certezas e decepções anunciadas, a vontade prevaleceu e, finalmente, acabou formando a banda. Alguns dias depois, se dando conta do que havia começado e da forma como começou, decidiu atribuir o nome à banda em homenagem a esta atitude. Muitas outras formações vieram, porém, a atual é, sem dúvida, a melhor que poderíamos ter.

Quais materiais vocês já possuem lançados e como as pessoas podem encontra-los?
Atualmente temos apenas o EP Emblems que foi lançado em outubro de 2018. O EP pode ser encontrado facilmente nas principais plataformas digitais como Spotify, Youtube e SoundCloud. Além disso, para entrar em contato conosco basta visitar a nossa página do Facebook ou do Instagram utilizando a palavra-chave Drastycaband.
O que você espera levar ao público com suas letras, conte um pouco sobre seu processo criativo, como vocês escrevem as letras e qual a mensagem que está por traz?
A banda possui duas fases de composição: A primeira fase aborda temas pessoais, descritivos e de conceitos filosóficos. Em sua maioria, utilizando linguagem figurativa. No Spectrum é narrado o estigma entre o homem e as religiões. Lake of Blood expõe o delírio de um andarilho quanto a um objeto inanimado onde o mesmo expressa um sentimentalismo que dança por vez com a melancolia, admiração, incerteza, esperança e obsessão. Além de Emblem of War (música que inspirou o título do EP), que descreve um ambiente de batalha e os obscuros e assustadores sentimentos de uma guerra, o EP fecha com duas homenagens: Mathew the Slayer é dedicada a um amigo e fã da banda norte-americana Slayer. Infelizmente, ele já não está mais entre nós há alguns anos. Era uma pessoa muito estimada e fazemos questão de carregar sua memória. One Travel Through Lands and Seas é dedicada a um dos grandes nomes do Metal – Quorthon (Bathory). Sua inspiração temática e melódica de sua fase mais Viking Metal é para nós, algo de bastante identificação.
A segunda fase de composição, ainda em construção, terá uma abordagem direcionada a existência, reflexão e conflitos comportamentais.
O que te fez querer participar da atual edição da coletânea Roadie Metal?
Nosso EP foi gravado de forma independente e nós não buscamos nenhum selo para lançamento. Como não produzimos material físico, usamos basicamente as redes sociais para divulgar as músicas. Sem dúvida, a plataforma que nos deu melhor resultado (visualizações) foi Youtube. Contudo, sabíamos que era preciso ir além, e vimos nessa coletânea uma grande chance de divulgação do nosso trabalho, tanto por confiar na qualidade e alcance da Roadie Metal, como por poder dividir espaço com outras ótimas bandas.
Como você enxerga o atual momento do cenário do Metal Nacional?
O momento atual do cenário é instável. Muitas bandas surgem em diversas regiões do país, mas poucas conseguem se manter, seja por questões de custos financeiros ou até mesmo pela carência de bons músicos dispostos a participarem ativamente de uma banda de metal (compor, ensaiar, ter disponibilidade para as apresentações, etc.). Iniciativas como a da Roadie Metal são sopros de esperanças para os headbangers que valorizam o cenário brasileiro e que estão sempre procurando por bandas novas e com diferentes ideias, e claro, com muito peso e originalidade.
Está sendo preparado alguma novidade para os próximos dias? Tem algum lançamento vindo por aí? Conte-nos alguns detalhes!
Após a disponibilização do EP no Youtube, em outubro de 2018, a banda focou em ensaiar visando shows. Porém, ainda nessa fase, o até então baterista não deu continuidade na banda. A falta de um substituto por um longo período forçou a banda a voltar a compor para não ficar parada. Mesmo na marcha lenta, a banda compôs 2 novas músicas. A novidade agora é que a banda experimentará um reajuste na formação para suprir a ausência do baterista e, se tudo der certo, os ensaios e shows enfim acontecerão. Assim, dado o espaço de tempo, o lançamento de um novo álbum deverá ocorrer ano que vem.
Deixe uma mensagem em nome da banda para nosso leitor!
Queremos agradecer sua atenção e congratular seu empenho em buscar informações sobre algo que é tão valoroso pra todos nós: o bom e velho Metal. Dentro do estilo Death Metal, vemos que muitas bandas brasileiras não optam por fazê-lo com inserção de melodia. É esse elemento melódico que buscamos acrescentar ao nosso som, tentado alcançar a melhor qualidade das grandes bandas do estilo. Confira nosso trabalho e se gostar, nos siga. E principalmente, compartilhe nosso som com mais pessoas. Muito obrigado!
Formação: – “Vinter” –Vocais; –
Tiago Marques – Guitarra –
Wederson Oliveira – Guitarra –
Luiz “ Magister” Felipe – Baixo
Contacts: E-mail: drastycaband@outlook.com