Roadie Metal Cronologia: Yes – Tormato (1978)

Falar de Yes para mim é algo positivo. Afinal, são uma das referências do rock progressivo, gênero que acompanho há anos e é um dos meus favoritos. E apesar de não estar entre os álbuns mais aclamados da banda, longe de clássicos como Fragile e Close to the Edge, gosto da obra Tormato (1978) tema do Cronologia de hoje.

Tormato segue a linha do álbum anterior Going for the One (1977), de ter composições curtas e mais atraentes para um público maior, mas sem deixar de lado a sonoridade clássica da banda.

Marca também por ser ó último trabalho gravado pela formação clássica da banda, Jon Anderson (vocais e percussão), Chris Squire (baixo), Steve Howe (guitarra), Rick Wakeman (teclado) e
Alan White (bateria).

Apesar do bom desempenho comercial, alcançando a oitava posição no Reino Unido e o número 10 nos EUA, permanecendo por 14 semanas e tornando-se o álbum mais vendido da banda nos EUA, os bastidores revelavam o desgaste entre os membros do Yes.

E isso pode ter se refletido no conjunto da obra. E o resultado são reações adversas entre os fãs da banda, que até hoje divide opiniões.

O álbum inicia com “Future Times/Rejoice” faixa que apresenta estruturas bem elaboradas, um teclado bem sólido e virtuosismo que funciona muito bem, com destaque a um agudo vocal de Anderson.

Já “Don´t kill the Whale” destaca-se pela bateria de Alan White e Steve Howe, que acrescenta um belo solo nesta canção. O dui Anderson-Squire acerta ao dividi os vocais, mostrando grande harmonia.

O clavinete sintetizado, o cravo e o violão, em harmonia à voz de Jon em “Madrigal” deixam a canção interessante. Uma faixa com menos de 3 minutos e sem bateria, lembram as canções flamencas, ótima de ouvir.

“Release, Release” já acrescenta um peso mais rock an roll, bem setentista. Jon Anderson aparece cantando bem agressivamente, além dos ótimos riffs de Steve Howe e o incrível solo de bateria de Alan White

Uma baixa que aponto no álbum são em “Arriving UFO” e “Circus of Heaven”, pois nota-se uma leva de pouca criatividade. A atmosfera de mistério ou mitológica que as camções pediriam não foram tão bem executadas, sonoramente.

“Onward” é uma bela e comovente composição. É uma crescente, mas sem o exato momento de explosão, que não prejudica a música. Também sem bateria, aqui ouvimos notas mais graves de Anderson.

Finalizando o álbum, “On the silent wings of freedom” tem uma ótima jam de guitarra e bateria que são seguidas de uma composição mais simples, mas sem deixar de ser boa.

Assim, Tormato mostra uma faceta menos criativa e marcante do Yes, mas seu resultado está longe de ser o mais fraco da dscografia da banda. Dos anos 70? Talvez. Mas vale a pena a escuta.

Yes – Tormato
Data de Lançamento: 22 de setembro de 1978
Gravadora: Atlantic

Faixas

Future Times”/”Rejoice
Don´t kill the Whale
Madrigal
Release, Release
Arriving UFO
Onward
Circus of Heaven
On the Silent Wings of Freedom

Membros

Jon Anderson: Vocalista – Vocais e percussão
Chris Squire: Baixista – Baixo, Piano (em ‘Don’t Kill the Whale’), vocais
Steve Howe: Guitarrista – Guitarra (elétrica e acústica), mandolin, vocais
Rick Wakeman: Tecladista – Piano, órgão, Birotron, RMI, minimoog
Alan White: Baterista – bateria, percussão e vocais

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