Geralmente quando se fala de Hard Rock alguns nomes são inegáveis, facilmente nos lembramos de bandas como Whitesnake que, desde o princípio, se manteve com uma posição inegável como influência e referência para muitos. Esta é uma banda que se tornou famosa por consolidar a carreira do vocalista David Coverdale fora do Deep Purple, e também foi através dela que ele fez sua fama e reputação crescer mais ainda. Gozando de uma carreira invejável por muitos, contendo trabalhos considerados épicos ou verdadeiros clássicos pelos fãs do gênero, Whitesnake dificilmente decepciona seus fãs por completo.

Good to be bad é o décimo álbum de estúdio da banda, e o primeiro registro de músicas inéditas desde o Restless Hart de 1997. Além de contar com uma formação totalmente nova, porém contando com excelentes músicos. Contand com 59 minutos e 14 segundos de duração, distribuídos em 11 faixas o álbum tem uma fluência agradável e meio que satisfaz as expectativas dos fãs do gênero. Há refrãos memoráveis, letras românticas e excelentes solos de guitarra. A musicalidade possui uma variedade um tanto quanto limitada, não por falta de criatividade e capacidade dos músicos, mas ao meu ver devido aos moldes que o gênero hard rock muitas vezes possui.

O álbum possui uma dinâmica meio comercial, onde começa com as mais agitadas, especialmente a primeira música, a mais “pesada” que ajuda você já começar animado, e aos poucos vai progredindo entre as seguintes músicas que possuem alguns fraseados com forte influência de blues, até ir aos poucos chegando nas “power balads” – uma inegável marca registrada de cantores como Coverdale. E nenhum momento do disco, você se sente como se estivesse ouvindo a mesma música por horas, as faixas são bem distintas umas das outras. E embora haja faixas um pouco mais longas que outras, elas não são muito enjoativas. Senti um pouco de falta de mais músicas pesadas, e que o foco do álbum estava mais para “rock artístico” e “power pop” do que um trabalho de hard rock. Mas possivelmente isso tem mais a ver com minha afinidade com “hard n’ heavy” ser maior do que com “hard rock”.

O álbum apesar de seus altos e baixos, é um trabalho relativamente prazeroso de se ouvir. Há muita presença do tipo de hard rock pelo qual Whitesnake se tornou famoso por, que é o que chamam de “blues rock”. Coverdale é um excelente cantor, capaz de fazer as mais diferentes técnicas vocais dentro desse padrão musical, e possui um tom de voz que não torna a apreciação das músicas do WS desagradáveis – na verdade isso apenas ajuda a levar o nome da banda para fora da “gama do rockverse” transcendendo a banda para fãs de outros gêneros musicais com extrema facilidade.

Para um álbum gravado 11 anos depois do último registro de estúdio, com uma formação totalmente nova, ele é com certeza um retorno sólido. Porém talvez não seja capaz de estar muito presente, na lista de melhores álbuns de hard rock ao meu ver. Destaques vão para o guitarrista Doug Aldrich, o baixista Uriah Duffy e o baterista Chris Frazier (que também toca na Foreigner).

TRACKLIST:
1. “Best Years”
2. “Can You Hear the Wind Blow”
3. “Call on Me”
4. “All I Want All I Need”
5. “Good to Be Bad”
6. “All for Love”
7. “Summer Rain”
8. “Lay Down Your Love”
9. “A Fool in Love”
10. “Got What You Need”
11. “‘Til the End of Time”

LINEUP:
David Coverdale – vocals
Doug Aldrich – guitars
Reb Beach – guitars
Timothy Drury – keyboards
Uriah Duffy – bass
Chris Frazier – drums

Encontre sua banda favorita