Lançado no ano de 2008, o álbum de estréia do Warbringer, “War Without End” é um ataque furioso de thrash metal, e tem 100% o espírito do movimento americano que deu origem à este estilo, no final dos anos 80. Um super e autêntico registo fonográfico; desde a capa com ilustração de tanques, caveiras e cidades em chamas até os títulos das músicas, mesmo sendo esta um gravação moderna.
Com som da marcha de soldados, disparos de artilharia e sirenes, o clima de guerra é muito explorado pela banda. O instrumental de “War Without End” combina o conjunto usual de influências que lembram imediatamente o som do Sodom, Testament, Exodus e ate mesmo os vocais agressivos do vocalista John Kevill nos leva a pensar na referência ao Slayer de Tom Araya. Essa voz acre une-se às guitarras possantes com riffs pesados e rápidos, que contrastam com uma bateria rápida e possante. Embora essa banda tenha alguns pequenos erros de um jovem iniciante.
Eles nunca foram muito conhecidos, mas estavam abrindo as principais turnês do underground por um bom período de tempo, e sua boa reputação é sentida até hoje. O “War Without End” de 2008 não é tão forte quanto o que Warbringer que traria a seguir, ou seja mostrar uma banda de thrash ansiosa para se tornar os veteranos mais resistentes que poderiam chegar a esse nível. No mínimo, foi o suficiente para colocá-los na estrada.
Algumas músicas também sofrem um influência crônica do estilo Old Thrash Metal, tais como: “At the Crack of Doom” que lembra um pouco o Black metal e “Born of the Ruins” com um jeito clássico de fazer metal tradicional.
Apesar de tudo, está além do Thrash convencional e talvez um pouco além do Death metal, mas com certeza ele não merecia o rótulo metalcore que tinha na época de sua estréia.
Mas como a maioria das bandas novas que lançam um álbum de estréia, algumas das performances são um pouco ásperas e ainda ingênuas, mas isso talvez tenha a ver com o trabalho de produção e mixagem do disco. O tom mais orgânico e a reprodução aprimorada nos esforços subsequentes provavelmente trazem algum desequilíbrio neste álbum.
Entretanto, “Shoot to Kill”, “Systematic Genocide” e “Instruments of Torture” são explosões divertidas e nos levam a valorizar o trabalho dos caras.
No geral, o álbum de estréia de Warbringer tem suas falhas, mas é cativante o suficiente para ainda ser agradável. Tem as tendências derivadas de outros no renascimento do thrash, mas suas influências mais variadas resultam em um esforço comparativo, pois ao mesmo tempo que tenta-se fazer algo tradicional, o modernismo se mistura. A energia da banda provavelmente não é nada comparada a seus shows na época, mas há o suficiente aqui para ver seu potencial. Waking Into, Nightmares e Worlds Torn Asunder são apostas para o futuro.
Em tempos em que tanta gente cria trabalhos rápidos e disseminam pela internet, derivado à um alto consumo sem a apreciação do produto fisico por plataformas que lhe permitem apenas ouvir sem abrir a embalagem de um disco, esta banda concentra a linha fina entre passado e futuro buscando a homenagem x a inovação, mas não expressiva a ponto de ser destacada e original.
“War Without End” é o álbum de estréia de uma banda formada por adolescentes e jovens entre 17 e 22 anos, o que nos faz acreditar que as sementes do metal sempre vão germinar!