No dia 9 de outubro de 2015, as prateleiras das lojas de discos recebiam o 15º álbum do WASP. “Golgotha”, termo de origem hebraica que designa o local da crucificação de Jesus Cristo foi lançado após um hiato de seis anos. Embora tenha sido produzido desde 2011, e não o melhor trabalho da carreira da banda, certamente possui alguns destaques bem positivos.

A começar pela arte fodástica da capa, onde em minha concepção, é uma das mais emblemáticas e lindas da banda, retratando bem o contexto do titulo do álbum. A produção, que ficou a cargo do próprio Blackie Lawless também merece destaque, deixando o som bem moderno e polido. Sonoricamente falando, “Golgotha” não difere muito de seus antecessores, mas apresente um leve amadurecimento. Além do próprio Blackie ser o destaque maior, haja vista que ele praticamente é o WASP, sinto-me também na obrigação de citar os excelentes riffs e solos entregados pelo guitarrista Doug Blair.

Falando sobre o processo de composição, relembro uma declaração do Blackie Lawless dita na época: “Uma coisa que você aprende ao longo dos anos no processo de composição, é que depois das músicas começarem a tomar forma, elas começarão a falar com você e elas vão te dizer onde elas querem ir. O truque é aprender a ouvir quando elas falam.”

Os destaques musicais ficam por conta da abertura “Scream”, sendo daquelas tipicas faixas que qualquer ouvinte acerta de cara se tratar do WASP. Curta, rápida, certeira e direta, além de um refrão pegajoso. “Last Runaway” já navega pelo Hard Rock e traz uma letra retratando as dificuldades passadas por Blackie em sua juventude. “Miss You” é mais uma daquelas excelentes baladas, onde Blackie dá mais uma aula de interpretação, alé de entregar doses cavalares de emoção e um solo espetacular de Doug Blair. Uma curiosidade é que “Miss You” foi composta na época do clássico “Crimson Idol”, mas acabou ficando de fora. Fechando o disco, temos a faixa titulo “Golgotha”, uma música de pouco mais de sete minutos, mas por ter uma estrutura até simples, adicionado de mais uma interprteação impar de Blackie, figura certamente no rol das mais belas músicas da carreira da banda.

Resumo da ópera, “Golgotha” é um tipico álbum do WASP, sem exageros ou experimentalismos em demasia. Como disse anteriormente, não é o melhor álbum da banda, mas também não é o pior. Certamente é uma boa pedida e recomendado para aqueles a fim de ouvir um bom disco de Heavy Metal. Recomendo.

Tracklist:
01. Scream
02. Last Runaway
03. Shotgun
04. Miss You
05. Fallen Under
06. Slaves of the New World Order
07. Eyes of My Maker”
08. Hero of the World
09. Golgotha

Line-up:
Blackie Lawless – Vocais, guitarras e teclados
Doug Blair – guitarras e backing vocals
Mike Duda – baixo
Mike Dupke – bateria

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