Temos o décimo-quinto álbum do Venom encerrando mais um Roadie Metal Cronologia. E “Storm the Gates” é o lançamento mais recente deste Power-Trio britânico.
Os caras foram ao “Thunderoar OQB Studios”, no “DooM Mobile”, além de algumas sessões gravadas também no “Insomniac Sound & Visions”, todos no Reino Unido. Tudo isso durante os anos de 2016, 2017 e 2018. Um processo muito demorado. Cronos assinou a produção e todo o resto.
E aí a bolacha começa a rolar e tudo que você torce é para que o play termine logo. Quando você não está na posição do redator, claro, que precisa encontrar algo palpável, algo que possa mostrar a si mesmo que é um disco do VENOM e não de uma banda qualquer. De repente você não está em um bom dia e a audição foi escolhida em um momento errado. Não, não foi. A medida que o tempo vai passando, você vê que a banda não ajuda e só te resta aguardar o tempo passar e você não tem outra opção a não ser transcrever aquilo que escutou.
Porém, a medida que as faixas vão passando, a impressão é de que Cronos resolveu colocar qualquer coisa na gravação e em uma tentativa vã de destruir toda a reputação que a banda criou, lá em seus primórdios. Em 53 pavorosos minutos e 13 faixas que parecem intermináveis, temos um disco fraco, que desafia a paciência do ouvinte. Não temos nada de um disco de Metal extremo, muito menos do que possa pegar emprestada a alcunha do VENOM aqui.
A produção é muito ruim e a timbragem escolhida para os instrumentos ficou muito ruim. As composições não são de todo ruim, mas quando não se tem o cuidado com um material caprichado, todo trabalho se põe a perder.
Em alguns momentos, falta peso, em outros, falta punch e no disco inteiro falta feeling, em um disco fraco e que não pode estar à altura do que um dia foi o VENOM. Musicalmente, o que podemos chamar o que foi praticado em “Storm the Gates” é um Crossover muito do mal feito, com uma preguiça e má vontade imensas,
Apesar do desastre total que é “Storm the Gates”, ainda podemos destacar músicas como “Notorious“, “The Mighty Have Fallen“, “Immortal“, além da faixa título. Muito pouco para quem já nos brindou com “Welcome to Hell” e “Black Metal“.
Que o VENOM sempre prezou por um som tosco, isso já sabemos. Agora isso aqui foi realmente uma aberração. Os músicos que acompanham Cronos não são ruins, mas definitivamente, não são Mantas e Abaddon,
Se você não ouviu este play, passe longe dele. E se por acaso você, caro leitor, optar por ouvir, faça-o de forma moderada, Ou esqueça o nome da banda para passar menos raiva.

Data de lançamento: 14/12/2018
Gravadora: Spinefarm Records
Tracklisting:
01 – Bring Out Your Dead
02 – Notorious
03 – I Dark Lord
04 – 1000 Miles to Hell
05 – Dark Night (of the Soul)
06 – Beaten to a Pulp
07 – Destroyer
08 – The Mighthy Have Fallen
09 – Over my Dead Body
10 – Suffering Dictates
11 – We the Loud
12 – Immortal
13 – Storm the Gates
Lineup:
Cronos – Baixo/Vocal
Rage – Guitarra
Danté – Bateria